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Jolhiomar não descarta disputar eleição de 2020 se for chamado por Audifax

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ervidor efetivo da prefeitura desde 1997, Jolhiomar Massariol é Secretário de Governo e homem de confiança de Audifax. Foto: Divulgação PMS/ Jéssica Romanha

Nascido e criado na Serra Sede, o economista Jolhiomar Massariol, 47 anos, é homem de confiança do prefeito Audifax Barcelos (Rede), com quem trabalha há mais de duas décadas. Atualmente secretário de governo da Prefeitura, Jolhiomar tem perfil técnico e visão de conjunto do município. É discreto quando o assunto é política, mas não descarta disputar a eleição de 2020 caso seja convocado para defender o legado de Audifax. Nesta entrevista, Jolhiomar explica os planos da administração para concluir 100 obras até o ano que vem – dentre elas o Hospital Infantil – os investimentos municipais de R$ 300 milhões, diz que a relação com o Estado é republicana e revela dificuldades com repasses federais para saúde e assistência social.  

A pouco mais de 340 dias da eleição de 2020, o que a administração está pensando em relação a sucessão?

O que posso dizer é que estamos comprometidos com a gestão do município. O prefeito tem falado que está preocupado com a entrega das obras na cidade, com investimentos, iniciar as grandes intervenções. Eu, enquanto coordenador de governo que cuida desta parte da gestão, posso falar das prioridades do governo, quais são os gargalos, o que podemos entregar. Agora, a parte política não passa por mim.

Você está pronto se for chamado para concorrer a cargo eletivo?

Acho que não. Sou técnico, sou economista da prefeitura….

E se Audifax articular a construção de uma chapa no 1º turno e te chamar para ser o vice dela?

Mais a frente a gente responde esse assunto. Ser candidato a alguma coisa envolve algumas variáveis. O tipo de vida que você quer, família, questão profissional. Lá na frente vamos definir.

Se for convocado, você vai estar disponível como sempre teve em outras ocasiões para as necessidades da Serra, não é?  

Para debater, digamos assim.

O métier político sabe que o senhor é uma das pessoas mais próximas de Audifax. Desde quando trabalha com ele?  

Temos relação de amizade, confiança e trabalho. Eu já conhecia Audifax do Centro da Serra (Serra Sede), mas não tinha tanto contato pois ele tem 55 anos eu 47. Em 1997 quando ele veio para a Secretaria de Finanças eu trabalhava no planejamento e aí a gente passou a ter mais contato.  Tem um bom tempo, né, são 22 anos. Isso foi no 1º mandato de Vidigal, eu já trabalhava no Planejamento. Agora estou em Colina de Laranjeiras há dois anos. Mas continuo também no Centro da Serra, minha mãe mora aqui, a loja da minha esposa é aqui e trabalho aqui.

O orçamento da Serra indicado para 2020 é de R$ 1,7 bilhão. Desse valor, o que é para investimento? 

Se pegar todas as fontes, recursos próprios, recursos de convênio mais investimentos em equipamentos, passa de R$ 300 milhões. A gente vai priorizar investimentos já iniciados ou que estão em vias de processo licitatório que precisam ser finalizados em 2020. E  depois iniciar novos investimentos.

O prefeito Audifax diz que entrega 100 obras até o final do mandato, sendo que iniciaria duas no ano que vem, a rotatória do Ó e o binário da Norte – Sul, porque já teria verba prevista para o próximo prefeito tocar….

É isso mesmo. Se você juntar todas as obras de drenagem e pavimentação em vários bairros e regiões, como Residencial Centro da Serra, onde vamos dar ordem de serviço agora; grande Jacaraípe com drenagem/pavimentação para Enseada, São Francisco, Capuba; região de Nova Almeida, que já está recebendo obras e em Gaivotas, Santa Fé, Reis Magos. Regiões do Civit, Carapina, Eldorado, alguns recapeamentos como em Serra Dourada. Tem também construção de CMEIS e escolas. E centro de vivência, praças, obras com viés ambiental como engorda da praia em Jacaraípe, Nova Almeida, Manguinhos. Obras já iniciadas, como a revitalização do centro da Serra e o novo centro administrativo.  Vamos inaugurar até o final do ano mais uma UPA, a de Castelândia. E a conclusão do Hospital Materno Infantil até o ano que vem, a maior obra da história da Serra.

Falando em Serra Sede, há tendência histórica de esvaziamento e também reação forte contra isso por parte da comunidade local.  O fato de Audifax , você e outras lideranças serem da região, faz diferença na hora de encampar ações contra esse esvaziamento?  

É a primeira vez que o centro da Serra recebe uma intervenção total de revitalização. Eu que moro aqui desde que nasci, em 1972, já vi revitalizações pontuais, mas essa é a 1ª vez que irá ser tão abrangente. Todas as ruas, intervenções nas cinco praças ao mesmo tempo. Estamos fazendo agora em trechos que não vai ter interferência com os festejos da cidade no fim de ano, para em janeiro acelerar. Mais o centro administrativo que o prefeito iniciou. Os investimentos estruturantes nos últimos anos foram nas gestões Audifax:  no 1º mandato (2005 a 2008), a estrada Serra x Jacaraípe, o centro administrativo atual, ginásio, Jardim Botânico. No 2º mandato (2013 a 2016), a escola Aldary, o CMEI e agora essas duas grandes obras: o novo centro administrativo e a revitalização, que esperamos terminar neste mandato. O prefeito criou uma pauta positiva com o movimento Serra Sede Forte e com a associação empresarial. Fizemos aqui também o estacionamento rotativo, que também foi demanda local. O prefeito entende que a Serra tem essa vocação administrativa. E o Contorno do Mestre Álvaro vai gerar um crescimento muito grande da região, atraindo investimentos.

Dentro desses sete anos, como a administração vê a relação com o governo do Estado, que já teve Casagrande(2011 – 2014) Hartung (2015 – 2018) e agora Casagrande de novo?   

Bastante tranqüila. O prefeito Audifax tem relação republicana com o ex-governador Paulo Hartung e com o governador Renato Casagrande, que inclusive retomou convênios suspensos para a retomada da reforma da Av. Norte x Sul e iniciarmos a reforma da Av. Talma Sarmento. O Estado também repassou recursos para compra dos equipamentos do Hospital Materno Infantil.

Mas a Serra ficou sem o Contorno de Jacaraípe, o Faça Fácil e o colégio Aristóbulo…  

Existe um compromisso do governador de retomar o Contorno de Jacaraípe. Tiveram que atualizar a planilha. O município espera o reinício daquela obra que é importante para a região de Jacaraípe. Da mesma forma o Aristóbulo. O Faça Fácil a gente já recebeu o comunicado do não desenvolvimento daquela obra. O município doou o terreno com prazo para início da obra. Estamos dentro desse prazo, quando acabar o terreno será retomado.

O senhor acha que o executivo consegue aprovar o orçamento do ano que vem na Câmara de Vereadores sem embaraços?

Creio que não terá embaraços. É papel do poder legislativo debater, estudar a peça orçamentária. Estamos aqui para esclarecer. Eu mesmo conversei pessoalmente com o presidente da Câmara (Rodrigo Caldeira) esta semana e falei que se precisar, vou à Câmara explicar algum número. A peça está enxuta, equilibrada. Uma das nossas prioridades é entregar um município com as contas equilibradas. O prefeito Audifax, antes de político, é gestor público que prioriza equilíbrio fiscal e orçamentário.  Não vejo tantos problemas, o orçamento está bem realista. É lógico que o poder legislativo tem toda autonomia de debater.

Mas tem um grupo, que é praticamente o mesmo que fez forte oposição no 1º semestre, que quer transformar as emendas parlamentares em impositivas. Isso não pode virar novo foco de tensão?  

Acho que não. O poder executivo espera o debate na Câmara e está disposto a qualquer esclarecimento de forma democrática e republicana.

O senhor está satisfeito com a aplicação do PPA (Plano Plurianual)?

Sim. O PPA reflete nossas ações. O orçamento busca no PPA aquilo que é prioridade. A equipe do prefeito Audifax trabalha com essa ferramenta de planejamento. Se pegar todos os investimentos que estamos executando, eles refletem o PPA. E o orçamento pinça o que é prioridade para aquele ano.

Conseguiu, inclusive, uma certa recomposição salarial para o servidor…  

Isso foi dentro de uma perspectiva de um planejamento.

Como o senhor avalia Orçamento Participativo (OP) nos últimos sete anos?

Acho que avançou bastante. Temos um diálogo muito bom com o movimento popular, sempre de forma transparente.  Se a gente pegar todas essas ordens de serviço que o prefeito Audifax tem dado, a maioria está casada com o Orçamento Participativo.  Encaramos o OP como instrumento importante de planejamento da cidade. Tanto é que o prefeito fez reunião com lideranças do movimento popular para tentar casar o que realmente dá para executar, o movimento. Preparamos uma nova discussão para o ano que vem. A gente entende a importância histórica do OP.

Como foi possível manter esses investimentos em obras num cenário de crise econômica que se arrasta há anos?

O prefeito tem trabalhado com a perspectiva da gente controlar os gastos, reduzir custeios, melhorar a arrecadação. Se a gente pegar a arrecadação real de 2008 e 2018, foi a mesma de 10 anos atrás. Mesmo assim temos conseguido executar obras. Isso é fruto de planejamento e controle de gastos. Assim conseguimos dar um up grade na capacidade de investimento, atrelado aí a capacidade do município de captar recursos junto aos Governos Estadual e Federal.

Audifax anunciou polo de tecnologia,que vai beneficiar região entre o Ifes e o Civit III (Cercado da Pedra). Levantamento do TN apontou que já há mais de 400 empresas de tecnologia espalhadas pela cidade. Por que delimitar aquela região?

Ali já temos polos industriais com logística e estrutura prontas. Tem Ifes, UCL, Multivix que podem receber incubadoras e hospitais.  A Secretaria de Desenvolvimento Econômico tocou isso e a gente formalizou com intuito de incentivar as empresas inovadoras para poder atrair para aquela região, que já é consolidada para este tipo de investimento.

Se tiver um desenvolvedor de aplicativo em Cascata, Parque das Gaivotas ou Bairro de Fátima, ela não terá direito aos incentivos?  

Não terá os incentivos específicos do polo para novas empresas.

O Contorno do Mestre Álvaro é uma obra esperada pelos serranos e já se tem noção dos benefícios. E os ônus? Há mensuração das perdas em negócios que dependem do tráfego de passagem?

Não vejo como perda para iniciativa privada, que pode enxergar isso como janela de oportunidade para expandir seus investimentos para uma região que historicamente todos nós sabíamos que ira crescer, que é o Centro da Serra. Já tínhamos um polo ali, o Serra Norte. Se você pegar a região do Centro da Serra, passa de 100 mil habitantes. É uma região que tem apelo de consumo muito grande. Todas as vezes que o prefeito fala do assunto tem essa preocupação da região crescer.

E a dispersão da planta urbana ainda maior do que já é na Serra, não vai encarecer a gestão pública?

Aí é um ônus de um município enorme. São mais de 500 km2, o custo de manutenção da cidade é caro, coleta de lixo, outros serviços.

Há quem aponte que os recentes rompimentos de barragens da Vale, BHP, Samarco junto com outros sinais, indicam perda de força do arranjo minero siderúrgica no eixo Minas –ES. E o setor é um dos pilares da economia, não só da Serra e do Estado, mas desta parte do país. Essas preocupações fazem sentido?

No plano de desenvolvimento da Serra feito anos atrás pelo Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedc) tem essa preocupação. Eu acho que o município tem que acompanhar de perto e, se for o caso, se adaptar a possíveis mudanças de posicionamento dos investimentos.

O senhor disse que a obra do Hospital Materno Infantil deverá ser o principal legado da gestão Audifax, mas há o desafio do custeio, que em ano custa o valor total da obra que é de R$ 90 milhões.  

Essa obra, que é convênio federal, tem ajuda do governo estadual para a compra dos equipamentos, mas tem contrapartida muito grande do município. O final da obra vai girar em torno de R$ 90 milhões, mais de R$ 40 milhões serão do município. Os outros R$ 50 milhões do Governo Federal. O prefeito tem feito uma força enorme para inaugurar essa obra no 1º semestre do ano que vem. Estamos acompanhando com as secretaria de Obras e Saúde toda a questão do funcionamento do hospital, da gestão compartilhada. O prefeito tem feito pautas com o Governo do Estado e diretamente com o Ministro da Saúde sobre a manutenção. A gente entende que essa vai ser a principal obra da história da Serra, que vai atender não só a população da cidade e da Grande Vitória, mas de todo o estado e até sul da Bahia, leste de Minas e norte fluminense. São 135 leitos maternos e infantis.

Mas será possível essa ajuda federal no custeio, uma vez que outras frentes de gestão da União na saúde como o Mais Médicos, repasse de vacinas e até inseticida contra a dengue, estão com problemas?

Com relação ao custeio do hospital, o ministro (Luiz Henrique Mandetta) esteve aqui, em visita à obra, e o prefeito já tinha abordado com ele essa preocupação, do governo Federal assumir ou subsidiar o custeio e manutenção do hospital. O ministro foi bastante receptivo, o prefeito entregou formalmente o pedido. Depois esteve, na semana passada, no gabinete do ministro em Brasília, no Ministério da Saúde, com o Alexandre Camilo (secretário de Saúde da Serra) para estar debatendo. E a gente está com perspectiva positiva tanto do Governo Federal quanto do Governo estadual em ajudar o município da Serra no custeio do hospital, que será muito grande.

E na política pública ordinária de saúde?  

Na visita ao ministro semana passada, o prefeito tratou essas agendas também. Os repasses, a manutenção das unidades, o valor per capta,

Estamos entrando numa época de chuva e calor, que faz aumentar vetor da dengue, zika, chicungunya. Está equacionada a questão de inseticidas, equipamentos, agentes?

A Secretaria de Saúde trabalha dentro do planejamento do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para enfrentar um número mais elevado de casos de dengue. O trabalho é contínuo ao longo do ano, não é só agora e inclui conscientização, palestras. É um trabalho casado com as secretarias de Serviço e Meio Ambiente, existe um grupo de trabalho que cuida só disso, tanto das ações preventivas quanto pós – problema.

Cerca de 1/4 da população da Serra está na linha da pobreza e da extrema pobreza, com demanda imensa de assistência social, setor que vem sofrendo desmonte a nível federal. Como a Prefeitura está se virando?  

Nossa rede de assistência social é muito grande. A gente tem parceria histórica com entidades filantrópicas, que o município repassa recursos. É lógico que a gente também recebe recursos federais e a gente sempre pede mais, por conta do tamanho e necessidade de um município como a Serra. A secretária de Assistência, Eucimara Rangel, é bastante ativa, é assistente social, com histórico de serviços prestados. O que a gente não quer perder de mão é esse trabalho em parceria com entidades filantrópicas, em que repassamos mais de R$ 20 milhões/ ano só de recursos do município.

Significa que o município está tendo que por a mão no bolso para custear serviços de Saúde e Assistência Social que deveriam ser bancados pela União?

Creio que sim.

O óleo no mar do Nordeste está se aproximando da costa do ES e da Serra. O município já tem plano de contingência?  

A secretária Áurea (Meio Ambiente) hoje (terça-feira, 22) conversou com o pessoal do Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) e do Ibama. A gente está monitorando isso de perto.    

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