
Um incêndio que atingiu um terreno abandonado às margens da BR-101, em José de Anchieta, na Serra, se alastrou e destruiu a casa de uma família do bairro. A ocorrência foi registrada na madrugada desta quinta-feira (28). O local, que é de propriedade do Governo Federal, virou ponto de tráfico e abrigo para pessoas em situação de rua.
De acordo com informações de testemunhas, o incêndio começou entre o final da noite desta quarta-feira (27) e início da madrugada desta quinta. O terreno possui muito material inflamável e grande quantidade de lixo, o que fez as chamas se alastrarem rapidamente.
Ao lado do terreno, há diversas residências. Uma delas, infelizmente, foi atingida. A casa ficou completamente destruída com as chamas. Uma moradora da região conversou com a reportagem e afirmou que o Corpo de Bombeiros demorou cerca de uma hora para chegar ao local.
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“O início do incêndio foi no terreno da União que logo se alastrou e com a demora de 1 hora para os Bombeiros chegarem, o fogo destruiu toda uma casa”, disse a popular.
Ao Jornal TEMPO NOVO, o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado para atender uma demanda de incêndio em residência, por volta de 0h10, no bairro José de Anchieta, na Serra.
Disse ainda que a equipe chegou ao local e constatou que as chamas atingiam uma edificação de dois pavimentos, sendo que a origem teria sido um acampamento de moradores de rua nos fundos do imóvel.
“O combate foi realizado e as chamas extintas. Os moradores da residência foram orientados a acionar a Defesa Civil Municipal, para que fosse feita uma avaliação estrutural do imóvel, que foi interditado. Não há registro de solicitação de perícia e nem feridos”, diz o texto da nota.
Terreno foi abandonado pelo Governo Bolsonaro
O terreno em questão foi tomado pelo Governo Federal no início da gestão do presidente Jair Bolsonaro, em 2019. Na área, morava famílias de baixa renda há muitos anos. Pouco depois, a Prefeitura da Serra chegou a realizar um pedido para que o espaço fosse concedido ao Município, que iria ampliar a entrada de José de Anchieta, mas o pedido foi negado.
Desde então, o terreno vive abandonado e se tornou ponto de drogas e espaço para moradia de pessoas em situação de rua. A situação, inclusive, já foi alvo de diversas reclamações da comunidade, que chegou a pedir o cercamento da área, o que não foi feito pela União.
Em 2019, o Governo Federal havia informado que pretendia leiloar o espaço para uma iniciativa privada. No entanto, isso também não aconteceu.

