De erros do último governo e conjuntura econômica adversa para um salto do Estado como referência e vanguarda nacional pronto para decolar. Assim foi o eixo da prestação de contas do governador Paulo Hartung (MDB) na Assembleia Legislativa. Por quase 5 horas discursou sobre as finanças capixabas e as ações de governo, além de responder aos 30 parlamentares, nessa quarta-feira (28).
Hartung começou o discurso mencionando “erros da gestão passada” (Renato Casagrande – PSB), como o “aumento da folha em mais de 60%” e a peça “orçamentária inchada”.
Apontou que no início do mandato havia um cenário econômico complicado, com a crise hídrica, a paralisação da Samarco e a “desorganização do setor de petróleo e gás” e perdas de receita.
O governador defendeu que a crise foi “mais severa e complexa do que a dos outros estados”. Porém, disse que a saída da crise foi através de um ajuste fiscal “duro” e “necessário” e o estado “pisou no freio”.
Destacou projetos como a Escola Viva, Ocupação Social, Reestruturação da saúde, o Programa Reflorestar, Águas e Paisagem e as construções de barragens, entre outros.
Hartung afirmou que o ES “é referência em gestão pública” e “vanguarda nacional” e que está pronto para decolar na “retomada do desenvolvimento do país”. Fez várias alusões à situação financeira do Rio de Janeiro e defendeu a volta da Samarco e a “punição aos responsáveis”.
A única menção direta sobre a Serra foi em réplica ao deputado Bruno Lamas (PSB) que perguntou sobre investimentos na Rodovia ES-010 e no Contorno do Mestre Álvaro. Hartung disse que fará um convênio de R$ 10 milhões para a via e sobre o Contorno do Mestre, afirmou que esteve com o presidente Temer para pedir celeridade e que as desapropriações dos terrenos já estariam concluídos.
Nem o governador e nem os deputados tocaram explícitamente no assunto da paralisação da Polícia Miliar em fevereiro de 2017, fato que marcou profundamente os capixabas e causou muitas perdas de vidas e econômicas.