Uma diarista baleada no pescoço; outra mulher que levou um tiro nas costas; e uma terceira baleada na barriga. A relação entre estes três casos? Todos ocorreram na Serra em situações absurdas durante o feriadão da Penha. O primeiro registro foi no bairro Central Carapina, local em que uma diarista de 44 anos foi baleada na frente da casa dela, na noite da última sexta-feira (22).
A vítima estava conversando com uma familiar, por volta das 19h, quando um tiroteio entre criminosos começou. Ela teve um dos rins e o baço atingidos e precisou realizar uma cirurgia de urgência; parte do baço precisou ser amputada. A mulher está internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. O portão da vítima chegou a ficar com uma marca de tiro.
Quem conseguiu prestar o primeiro socorro à vítima foi o próprio marido; no momento em que ele ouviu o barulho dos tiros e os gritos de socorro da mulher, o homem, que estava na parte de cima da casa, desceu e a encontrou baleada dentro de casa. O marido então colocou a diarista dentro do carro e a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina, e em seguida foi transferida.
Outro caso ocorreu no bairro Vila Nova de Colares na manhã desta segunda-feira (25). Uma mulher, que não teve a idade informada pela polícia, levou um tiro nas costas. De acordo com a Polícia Militar, o autor dos disparos teria sido identificado por testemunhas, porém ele não foi encontrado no local. Os policiais socorreram a vítima até a UPA de Castelândia. O caso ainda em investigação e a motivação do crime não foi passada aos policiais no local da ocorrência.
Ainda na manhã da segunda-feira, outra diarista, dessa vez de 60 anos, foi baleada no pescoço. Ela estava caminhando com uma amiga na estrada de Itaiobaia, no entorno da região rural de Serra-Sede. No momento em que elas passavam na frente de um sítio que estava promovendo uma festa, bandidos chegaram atirando em direção ao evento, um destes disparos acertou a diarista, que nada tinha a ver com a festa.
De acordo com testemunhas, sete pessoas estavam de saída do sítio, enquanto os criminosos estavam aguardando no interior de um carro estacionado na frente do local. Quando o tiroteio começou, a diarista foi atingida na região da nuca. Ela conseguiu correr por aproximadamente 300 metros, até ser socorrida por um proprietário de um sítio vizinho.
O crime ocorreu por volta das 5h da manhã; equipes do Samu foram acionadas e encaminharam a idosa até o Hospital Estadual de Urgência e Emergência de Vitório. O proprietário conhecia a vítima e disse para os policiais que ela tinha o costume de caminhar pela região na parte da manhã.
Polícias que participaram da ocorrência afirmaram ainda que a idosa levou um tiro na região cervical e por isso a situação é preocupante. Ela segue internada na unidade hospitalar da capital.