Começaram na última quarta-feira (25) as atividades de prospecção arqueológica em um raio de 700 metros em torno do que restou das ruínas de São José do Queimado, na Serra.
Especialistas em arqueologia trabalham com o objetivo de encontrar artefatos da época dos escravos que estejam na área, como vasos e quadros, que serão enviados ao Museu Histórico da Serra. O terreno do sítio histórico, que antes era particular, foi doado para a prefeitura da Serra em 2015.
A autorização para a prospecção foi concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no último dia 16, e o trabalho de campo é realizado pela empresa A Lasca Consultoria e Assessoria em Arqueologia.
O levantamento deve durar aproximadamente 30 dias, caso não haja intercorrências, como chuva, por exemplo. Após isso, será enviado ao Iphan um relatório desse trabalho para que o órgão autorize a restauração. A estimativa é de que as obras se iniciem em três meses, segundo o titular da Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur), Alessandre Motta Rios.
O Sindicato do Comércio Atacadistas e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) ficará responsável pelo restauro, após a assinatura de um termo de cooperação técnica com a administração municipal. Essa obra deve custar em torno de R$ 1,8 milhão, mas o valor ainda não está consolidado.
Será feita a restauração e reforço das paredes atuais para que se mantenham firmes, sem descaracterizar o ambiente. A ideia, segundo Rios, é que as pessoas possam visitar o local, um museu a céu aberto. “Queremos que as pessoas visitem, sejam orientadas por guias turísticos e conheçam a história do Queimado”, afirmou Rios, que lembrou da importância de preservar a memória do local. “Queimado conta a história dos primórdios da Serra e deve ser preservado”, frisou o secretário.
As informações são da Prefeitura da Serra.