A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do ES (ACSPMBMES) e o Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), devem se reunir nos próximos dias para estudar medidas judiciais contra a Câmara da Serra e o procurador-geral Matheus Sobreira. Essa movimentação vem na esteira do ocorrido na última sexta-feira (11), após o vereador Stefano Andrade (PHS) e dois assessores da Câmara serem detidos por policias miliares por porte ilegal de arma.
Quem denunciou o grupo foi o vereador Cabo Porto (PSB), que afirmou que estaria sendo seguido pelo veículo. Após o ocorrido, a Câmara da Serra, por meio da procuradoria veio a público e disse que se tratava de uma abordagem de caráter “política” e “cinematográfica” por parte dos policias, e acusou possível “flagrante forjado”. Com isso foi pedido a prisão do vereador Cabo Porto e afastamento das funções legislativas, alegando abuso de poder e associação criminosa. O Procurador elencou também denúncias feitas em plenário de que Porto estaria supostamente armado durante sessões na Câmara.
“Vamos conversar com Associação da Polícia Militar para verificar as medidas cabíveis que podemos adotar em conjunto na Justiça”, disse Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol.
Além disso, a Associação de Cabos e Soldadosestá orientando os policiais que atuaram na detenção do vereador Stefano Andrade e assessores da Câmara, ocorrida na última sexta (11),a ingressarem na Justiça por conta das insinuações por parteda procuradoria da Câmara.Para o presidente da entidade, Renato Martins Conceição, os policiais “não podem aceitar esse tipo de escárnio e a instituição tem recursos para isso”, disse.
Repúdio
Ambas as entidades emitiram nota de repúdio na última quinta-feira (17). Nela argumenta-se que “a ação da PM em nenhum momento foi política com intenção de produzir algo forjado ou cinematográfico como afirma o procurador-geral da Câmara, Matheus Sobreira”.
Procurado, Porto disse que: “está em análise jurídica para entrar com uma ação, pois juntamente com a instituição estou me sentindo ofendido. Vamos acionar a Justiça contra o procurador da Câmara. Estamos analisando quais medidas serão adotadas e solicitadas”.
A reportagem tentou contato com a Procuradoria da Câmara, assessores e o presidente da Casa, Rodrigo Caldeira (Rede), mas não houve retorno.