Em greve, metalúrgicos protestam na Vale e interditam Norte Sul na Serra

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Manifestação ocorre na manhã desta sexta-feira, em Carapina. Foto: Leitor do TN
Manifestação ocorre na manhã desta sexta-feira, em Carapina. Foto: Leitor do TN

Em situação de greve, metalúrgicos capixabas estão realizando uma manifestação, nesta sexta-feira (30), na portaria da Vale e na Avenida Norte Sul, próximo ao Terminal de Carapina. Por conta disso, a manhã de hoje começou com um gigantesco engarrafamento na região, que é sempre muito movimentada. Conforme já informado pelo TEMPO NOVO, os funcionários terceirizados de empresas, como Vale e Arcelor, exigem reajuste salarial.

Segundo informações apuradas pela reportagem, os motoristas que estão no local conseguem passar pela via, mas com muitas dificuldades. Uma faixa sentido Vitória x Serra está bloqueada. Além disso, a travessia Norte Sul x Upa de Carapina também possui ponto de interdição.

Um funcionário que está participando do ato informou ainda que os metalúrgicos colocaram diversas carretas na Norte Sul para que o trânsito fosse bloqueado. Às 08h34 desta sexta-feira a situação continuava a mesma: trânsito intenso e manifestação ocorrendo.

Há informações que a BR-101 também já está sentindo efeitos do trânsito intenso na Norte Sul.

Greve e seus motivos

Conforme informado pelo TEMPO NOVO, na manhã da última segunda-feira (26), metalúrgicos capixabas decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. O motivo da paralisação é um pedido de reajuste, que foi feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal ES) e negado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do ES (Sindifer).

Segundo o Sindimetal, a decisão se deu após o Sindifer negar o pleito dos trabalhadores e apresentar uma proposta “que, além de não conter avanços, com apenas 1% de reajuste salarial, retira 13 cláusulas da atual Convenção Coletiva de Trabalho da categoria”.

É importante lembrar que as empresas afetadas pela paralisação são a Vale, Arcelor, Jurong e Samarco.

Os metalúrgicos ainda afirmaram que “retirar direitos e reduzir salários trata-se de um plano arquitetado com os empresários dos outros setores, que alinhados ao governo Bolsonaro, querem levar a classe trabalhadora à total miséria e colocar o Brasil no arcabouço da desigualdade social para continuarem lucrando às custas dos empregados” .

Por meio de nota, o Sindimetal-ES informou que “não vai permitir que os trabalhadores sejam ainda mais penalizados pela ganância da classe empresarial”.

Foto de Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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