Na última sexta-feira (4), o grupo de vereadores de oposição, comandado pelo presidente Rodrigo Caldeira (Rede), entrou com um pedido de suspeição contra a juíza Telmelita Guimarães. Confira no final da matéria o andamento do processo.
Caso esse pedido seja acatado pelo Tribunal de Justiça, a decisão sobre a ação que pede a anulação da eleição de Caldeira como presidente passará para as mãos de outro magistrado. O processo em questão se trata de uma ação movida por vereadores governistas que pedem a anulação da eleição ocorrida em julho de 2017, que alçou o grupo de Caldeira ao comando da Câmara da Serra.
Este fato pode mudar o rumo do processo, já que era dada como certa nos bastidores políticos uma decisão de Telmelita favorável à anulação da eleição, baseado em um parecer expedido pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) que defende a anulação da eleição e a convocação de um novo pleito.
Com a suspeição de Telmelita, os vereadores de oposição ganham um fôlego extra para convocar uma nova eleição para o segundo biênio (2019/2020) e com isso articularem uma chapa e votos dos outros colegas vereadores para reeleger o atual presidente Rodrigo Caldeira para os dois próximos anos na chefia do Poder Legislativo da Serra.
Esse conjunto de reviravoltas virou rotina na Câmara da Serra, que desde a primeira eleição ocorrida em 1º de janeiro de 2017, que elegeu a vereadora afastada Neidia Maura Pimentel (PSD) à Presidência da Casa, em uma manobra política onde Neidia migrou nos últimos minutos do grupo de oposição para a base governista do prefeito Audifax Barcelos (Rede). Desde então a Câmara se vê imersa em instabilidades jurídicas com várias reviravoltas entre anulações de eleições e afastamento de vereadores.
A reportagem está tentando entrar em contato com a juíza Telmelita Guimarães, com o presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira e com vereadores da base de governo para comentar o assunto.