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Com a Intervenção no Rio, coronel diz que Serra terá atenção especial

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Comandante da PM, Coronel Nylton Rodrigues e o secretário de Segurança André Garcia: plano contra migração de criminosos. Foto: Divulgação Pedro Dutra / Secom-ES

Conceição Nascimento / Yuri Scardini

A intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro vem preocupando capixabas. Apesar de dizer que não acredita em grandes impactos no Espírito Santo, essa semana, o Governo do Estado anunciou medidas para conter possíveis migrações de bandidos e aumento da atividade criminosa em território capixaba. Além disso, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, durante esse processo de intervenção, a Serra vai merecer “atenção especial” por parte do Governo.

Como a Serra é uma cidade muito visada por criminosos, Nylton confirmou que o município receberá mais atenção do poder público e disse que haverá aumento de efetivo policial.

“Serra merece uma atenção especial sim. Abrimos curso de formação da Polícia Militar agora, e Serra tem que ser o município que vai receber mais efetivo. Acreditamos que não vai ocorrer migração, mas se ocorrer qualquer deslocamento não tem como saber se vai para a Serra”, finalizou. 

O Secretário Estadual de Segurança Pública, André Garcia, explica que deu início nesta quinta-feira (22) o plano de contingência para o monitoramento das regiões de fronteira. “Vamos monitorar 198 km de fronteiras com o Rio e Minas, com reforço de efetivo das Polícias Militar e Civil, emprego de recursos como helicópteros, viaturas e drones”. Garcia acrescenta ainda que não há nenhum indício de fuga de bandidos para o ES e que essas ações são preventivas.

O mesmo afirmou o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues. “Essa é a nossa leitura, já tivemos outras intervenções no Rio de Janeiro e nunca foi registrado nenhum reflexo em nosso Estado, como migração de bandidos. Estamos monitorando todo o Sul do Estado, atentos a alugueis de imóveis”, adiantou.

Perguntado se o ES poderia se tornar uma rota mais sedutora para o tráfico internacional de drogas e armas, Rodrigues confirma, mas disse que haverá prevenção. “Esse é um dos objetivos do nosso plano, é justamente inibir a possibilidade de o ES se tornar essa rota. Consideramos essa possibilidade e prevenimos dessa forma com o plano de contingência” disse.

Nylton descarta a possibilidade da intervenção se estender ao ES, ele justificou que o “estado está organizado, com contas organizadas, salários em dia, polícias equipadas e na expectativa de uma possível reposição salarial”.

 “Marola ou Tsunami”

Apesar do Governo do Estado não acreditar em migração de bandidos do Rio para o ES, o Ministro da Justiça Torquato Jardim, em entrevista ao jornal Correio Braziliense publicada na última terça-feira (20), o ministro disse que provavelmente os Estados que fazem divisa com o Rio sofrerão o impacto da intervenção federal. “Temos de ver se vai ser marola ou tsunami. Alguma coisa vai acontecer, temos que ser realistas”, afirmou. E completou: “Quanto mais eficaz a ação no Rio de Janeiro, a marola vai crescer. O nosso trabalho é não deixar virar tempestade, jamais um tsunami”, declarou o ministro ao Correio.

Enquete: 81% temem  vinda de criminosos
Nessa semana o Jornal Tempo Novo publicou uma enquete no Facebook, com a pergunta “Com a intervenção federal no Rio de Janeiro, você acredita na possibilidade de fuga de criminosos para o ES?”. Até a manhã da ultima quinta-feira (22), foram contabilizados 114 votos, dos quais 81% dos leitores internautas optaram pelo “sim”.

Deputados são favoráveis ao decreto, mas preocupados com desdobramentos

Por 340 votos a favor e 72 contrários, nesta semana a Câmara aprovou o decreto do presidente Michel Temer (MDB) que consolidou a intervenção federal no Rio de Janeiro. A bancada capixaba contribuiu com 7 votos, apenas os dois deputados do PT, Givaldo Viera e Helder Salomão votaram contra.

O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) que apesar de votar favorável a medida, faz críticas ao formato adotado. “A corrupção no Rio é endêmica, e o que falta é autoridade por parte do poder público para enfrentar a criminalidade, porque o poder público faz parte dela. Deveria ter uma intervenção no Governo como um todo”, disse.

Vidigal diz ainda que não acredita em ruptura institucional e acusa que a medida tem fundo midiático. “É para mudar o foco da Reforma da Previdência”.

Sobre os impactos no ES, o ex-prefeito da Serra se disse preocupado. “O Brasil é maior rota de tráfico de drogas do mundo e o ES faz parte dessa rota. A maior causa da violência na Serra é a droga. Com uma possível migração de criminosos, a Região Metropolitana seria impactada, talvez mais a Serra, até pelos números que tem hoje”, apontou,

O deputado federal Carlos Manato (SD) avalia a intervenção como necessária mas questiona a falta de segurança jurídica para atuação do Exercito. “A preocupação é que não tem segurança jurídica, nem poder de polícia. Isso torna o Exército frágil. Não há risco de ruptura institucional, foi aprovado na Câmara e no Senado. Em relação ao Estado, as divisas têm que ser controladas. Colocar mais policiais. O Estado já tem rota para o tráfico, pode intensificar”, disse. 

Já o deputado federal Givaldo Vieira (PT) votou contra a intervenção, avalia que é uma atitude equivocada e afirma que e fala sobre golpe militar.

“O Rio sofre muito com a violência, mas não é exclusivamente o Rio; o próprio Espírito Santo viveu uma situação difícil com a crise provocada pelo Governo de Paulo Hartung em relação às forças de segurança. Então é equivocada. Vivemos uma instabilidade política, grave crise institucional e já se especula o golpe militar. A sociedade tem que ficar vigilante para não ser surpreendida com uma medida ainda mais autoritária”, dispara.

 

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