Conceição Nascimento
Alvo de uma CPI e de frequentes críticas na Câmara da Serra, a concessionária Serra Ambiental agora pode ser alvo de uma auditoria sobre o contrato firmado junto à Cesan, para o serviço de coleta e tratamento de esgoto na cidade. O objetivo é esclarecer o que justifica os valores cobrados aos moradores da Serra, já que são constantes as reclamações de mau serviço.
“Preparamos o documento e vamos dar entrada na próxima segunda-feira (30), no Tribunal de Contas. Queremos saber como chegaram ao valor de 80% da conta de água e pontuar para o órgão o mau serviço que a empresa presta para o consumidor. No texto, ainda pedimos a redução da taxa de esgoto”, adiantou Aécio Leite (PT), vereador que tem discutido o tema no mandato.
Aécio disse ainda que vai enviar o material que levantou sobre a situação do esgoto na Serra ao Ministério Público do Consumidor. “Para o MP é uma denúncia que estamos encaminhando, tendo como base a fiscalização da prefeitura, que multou a Serra Ambiental por jogar esgoto sem tratamento nos mananciais. Já mandei para os gabinetes para que os vereadores assinem”, acrescentou.
Já no dia 10 de maio, Aécio informou que os vereadores da Grande Vitória vão se reunir na Assembleia Legislativa para discutir uma agenda de audiências públicas sobre o assunto e traçar medidas que poderão ser adotadas em conjunto para cobrar a redução das taxas e cumprimento do contrato.
Não é de agora que os resultados do Serra Ambiental são questionados. Em 2016 o trabalho feito pela empresa foi fruto de uma CPI, na época foram identificados problemas como cobrança irregular em residências, descarte ilegal de esgoto e degradação de mananciais. Já no início desse mês, o conselho de meio ambiente da Serra manteve 6 multas contra a empresa, que totalizam R$ 360 mil, todas por jogar esgoto se tratamento em locais indevidos.