Os corredores da Câmara da Serra foram palco de uma briga entre os vereadores Rodrigo Caçulo (PRB) e Saulinho da Academia (Patriota). Os parlamentares chegaram até às vias de fato e precisaram ser contidos por colegas.
O fato aconteceu nesta quarta-feira (28), e a briga foi motivada por uma discussão iniciada no plenário que se estendeu até os corredores que dão saída para os gabinetes.
O vereador Caçulo discursava a respeito das dificuldades enfrentadas por moradores do bairro Jardim Guanabara. Ele cobrou do Executivo a realização de obras na região, em especial a respeito de uma quadra de esportes na região. Enquanto discursava, Saulinho tentava um aparte, geralmente utilizado para reforçar um discurso ou elogiar quem faz uso da palavra.
Mas Saulinho surpreendeu e disse que o problema seria resolvido, que havia se reunido com o secretário de Obras e que era necessário aguardar e ter paciência, já que a administração estava há pouco mais de 100 dias gerenciando a cidade.
A declaração não foi bem digerida pelo vereador Rodrigo Caçulo, que rebateu o colega desacreditando as informações repassadas. A discussão seguiu esquentando, quando Caçulo teria dito que Saulinho ‘é puxa saco’ do atual prefeito Sérgio Vidigal (PDT).
A sessão foi interrompida por alguns instantes, e os parlamentares resolveram ir às vias de fato nos corredores do Poder Legislativo.
A gravação da Câmara, publicada acima na reportagem, não pega os vereadores trocando socos, mas mostra o momento em que ambos foram caminhando até o corredor enquanto mantinham uma intensa discussão, poucos segundos depois, os colegas parlamentares correm em direção a eles para apartar a briga.
A reportagem procurou o presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (PRTB), uma vez que o fato se configura como quebra de decoro e pode resultar em penalidade aos autores; mas até o momento ele não retornou aos contatos.
Em resposta ao assunto, os vereadores Rodrigo Caçulo (Republicanos) e Saulinho Neves (Patriota) informaram que não houve nenhum incidente entre eles, houve sim apenas um embate político e explanação de posições, que por fim, é fundamental para construção de uma sociedade mais humana e justa, uma vez que a principal prerrogativa de um vereador é fiscalizar a cidade e ser o porta-voz do povo. “Lembrando que em momento algum a sessão teve que ser interrompida conforme publicado, foi interrompida sim para o parecer da comissão referente ao PL 108/2021. Assim, ambos gabinetes se colocam a plena disposição para sanar quais quer dúvidas, ademais, colocam os canais de comunicação oficiais dispostos no portal da Casa de Leis para possíveis dúvidas futuras”, finalizaram por nota.