“Um problema operacional complexo”. Esta foi a explicação que o presidente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Pablo Ferraço Andreão, sobre o corte de água efetuado pela companhia nos dias 19 e 20 de outubro, na Serra, sem comunicação prévia aos moradores da cidade.
Andreão esclareceu ainda que nenhuma outra região da cidade, municípios vizinhos ou grande indústria teriam sido priorizados em desfavor da Serra naquela ocasião.
Os esclarecimentos foram feitos após denúncia do deputado estadual Bruno Lamas (PSB), que denunciou, em matéria veiculada pelo Jornal Tempo Novo, de que o corte surpresa teria beneficiado bairros fora da Serra e grandes indústrias.
Pablo Ferraço Andreão acrescentou que o problema não acontecia há dois anos. Em função disso, a Concessionária precisou aumentar a vazão de água por conta que a Represa de Bonito, localizada no Rio Santa Maria. A represa estava operando com aproximadamente 25% de sua capacidade, quando o ideal para manter o abastecimento é de 35%. Ao fazer esse procedimento a moto bomba levou 24 horas para conseguir distribuir e normalizar a distribuição de água, no momento que o Estado passa por racionamento.
Explicou ainda que as grandes empresas conseguiram manter sua capacidade produtiva graças a sistemas de reservação de água.
Presente na reunião, a diretora de Operação Metropolitana da Companhia, Sandra Sily, acrescentou que a reservação é importante para manter a capacidade produtiva e que optou-se por cortar o abastecimento da Região Norte, cuja capacidade de reservação é maior.
O deputado Bruno Lamas pontuou que é de sua responsabilidade exigir da Cesan a prestação de um bom serviço à população da Serra e do Espírito Santo.