Os vendedores ambulantes que trabalham nas ruas de Laranjeiras, mais uma vez fecharam a Avenida Central, no trecho entre a Drogaria Pacheco e a Naara Confecções, para protestar contra a Prefeitura da Serra. Os camelôs prometem repetir este movimento até o final do ano.
Segundo Lade Dayane, que trabalha como ambulante no bairro, fiscais do município tem passado todos os dias para coibir a ação dos vendedores ambulantes. “Nós queremos trabalhar apenas. Temos família, precisamos sustentar. E estamos sendo perseguidos. Agora querem multar nossos carros por estarmos estacionados em vaga do estacionamento rotativo. Estamos pagando como todo mundo, temos o direito de usar a vaga”, reclama.
Antônio Arnaldo, que também trabalha na avenida Central como ambulante disse que o movimento vai continuar até dezembro. “Todas as vezes que os fiscais passarem e recolherem nossa mercadoria vamos atear fogo em pneus novamente e parar a avenida Central, como fizemos na sexta (10) e hoje (15). “Queremos trabalhar, sustentar nossa família e a Prefeitura da Serra não quer deixar”.
A reportagem questionou a Prefeitura da Serra sobre o assunto que disse que os fiscais só apreendem mercadorias sem notas fiscais e notificam pessoas que não têm autorização para atuar como ambulante. O tempo máximo permitido em cada vaga do rotativo é exibido na placa de sinalização. Veículos flagrados irregularmente nas vagas são notificados pela Guarda de Trânsito.
Na semana passada, dia 9 de agosto, a reportagem questionou a Prefeitura sobre o mesmo assunto: apreensão de mercadorias. Na ocasião, a Assessoria de Imprensa do município disse que os fiscais não recolhem mercadorias. Disse ainda que a proibição para ambulantes não autorizados continua na Avenida Central de Laranjeiras.
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Bate-boca com a Polícia
Para conter os manifestantes três viaturas da Polícia Militar, oito policiais e duas motos foram chamadas. Depois da manifestação, houve bate-boca entre policiais e ambulantes. Cerca de 15 camelôs participaram da manifestação. A reportagem esteve no local e acompanhou a discussão entre ambulantes e militares. Houve ameaças por parte da PM de que se houver outra manifestação como a que foi realizada na tarde desta quarta (15), todos os envolvidos serão presos.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar que disse que a PM acompanhou o protesto. Disse ainda que em relação a atuação da PM, caso alguém tenha se sentido prejudicado com a atuação dos militares, deve ir à Corregedoria da PM e formalizar uma reclamação, para que o fato seja analisado.