Venda de terreno da Associação de Laranjeiras vai parar na Justiça

Imóvel da Associação de Moradores de Laranjeiras com 2,3 mil m2 teria sido vendido por apenas R$ 165 mil a Imobiliária G.S.O
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área nobre.No lugar do terreno, que fica entre a sede da associação de moradores e o ginásio de esportes, está sendo erguido um prédio. Foto: Arquivo TN/Fábio Barcelos
área nobre.No lugar do terreno, que fica entre a sede da associação de moradores e o ginásio de esportes, está sendo erguido um prédio. Foto: Arquivo TN/Fábio Barcelos
área nobre.No lugar do terreno, que fica entre a sede da associação de moradores e o ginásio de esportes, está sendo erguido um prédio. Foto: Arquivo TN/Fábio Barcelos

Conceição Nascimento

Está nas mãos do juiz Aílton Soares de Oliveira da 6º vara cível da Serra a decisão sobre a anulação ou não, da venda de um imóvel de propriedade da Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras (AMPRL) à GSO Imobiliária e Participações LTDA.

A ação movida pelo Ministério Público questiona a venda de um imóvel de 2.360 m² no valor de R$ 165 mil, localizado entre o ginásio de esportes e a sede comunitária. A ação tem como requeridos o então presidente da associação, Paulo César Carneiro Spínola, o Lucas; a própria AMRPL; Denilce Maria Piana e GSO Imobiliária e Participações LTDA EPP.

A venda do imóvel, que teve a escritura lavrada em agosto de 2011, ganhou grande repercussão entre moradores do bairro ano passado. Segundo eles o valor envolvendo a transação da área nobre do bairro é bem inferior à avaliação de mercado.

Em princípio, a GSO utilizava o imóvel – até então entendido como alugado – para exploração de um estacionamento privado. Mas após informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a comunidade foi alertada de que o terreno estava em nome da imobiliária.

A presidente da AMRPL, Deborah Alves, informou que já prestou esclarecimentos ao Ministério Público enquanto representante atual da associação. “Temos tranquilidade quanto a este processo, pois não foi feito por nossa diretoria, e a decisão que a Justiça determinar certamente estaremos de acordo”, observou.

Denilse Piana foi procurada pela reportagem e informou que o assunto estaria sendo abordado pelo seu advogado.

O advogado que representa a empresa – não quis ter o nome divulgado – disse que aguarda o cumprimento dos prazos processuais. “Não fomos intimados ainda. Não tenho ciência da ação e todas as respostas serão dadas em juízo”, limitou-se a dizer.

Em nota, o Ministério Público do Espírito Santo informou por meio da Promotoria de Justiça Cível da Serra, que acompanha o trâmite do processo e aguarda decisão para se manifestar sobre o assunto.

Paulo César Carneiro Spínola foi procurado pela reportagem, mas seu celular encontrava-se no modo caixa-postal.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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