A Serra é o segundo município em volume de unidades lançadas no Espírito Santo. É o que aponta o 45º Censo Imobiliário, referente ao período de janeiro a junho de 2025, elaborado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES). A pesquisa contou com a participação de 73 incorporadoras e construtoras e acompanha o universo de empreendimentos imobiliários nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana.
A Grande Vitória soma 207 empreendimentos em produção, entre residenciais e comerciais. Vila Velha mantém a liderança, com 71 empreendimentos em andamento, seguida por Vitória (54) e Serra (18). No total, são 16.743 unidades residenciais em construção, sendo Vila Velha responsável por 8.769 delas, seguida pela Serra com 3.986 unidades, consolidando-se como o segundo maior mercado em produção no Estado.
Vitória ocupa a terceira posição, com 3.408 unidades em execução, enquanto Cariacica soma 724 e Viana apenas quatro. O levantamento considera como “em produção” os empreendimentos nos estágios de planta, fundação, estrutura ou acabamento.
Ou seja, embora a Serra represente 11,7% do total de empreendimentos residenciais em produção na Grande Vitória, quando se observa o número de unidades residenciais, o município passa a responder por 22,9% do total em construção no período analisado.
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Isso indica que os projetos lançados no município, em média, possuem maior porte em termos quantitativos. Na prática, trata-se de uma cultura de mercado na Serra, que valoriza a construção de condomínios fechados com maior número de torres. Já em Vitória e Vila Velha, onde há menor disponibilidade de áreas, predominam os empreendimentos de torre única.
Região de Laranjeiras lidera número de unidades em produção
Das unidades em produção, a maioria está localizada na região administrativa de Laranjeiras, seguindo um padrão de ocupação urbana iniciado no final da década de 80. Na pesquisa conduzida pelo Sinduscon, foram contabilizadas 1.766 unidades, sendo 1.762 residenciais e 4 comerciais. O estudo inclui os bairros Morada de Laranjeiras, Jardim Limoeiro, Planalto de Carapina, Central Carapina, Santa Luzia e o Parque Residencial Laranjeiras.
Na Serra Sede, especificamente em Campinho da Serra 2, foram registradas 512 unidades. Já na região da Civit, em Porto Canoa, o total chegou a 480 unidades. Em Novo Horizonte, que abrange os bairros Balneário de Carapebus e Bicanga, foram contabilizadas 656 unidades. Por fim, a região de Castelândia, que compreende São Pedro e Sítio Irema (Praia da Baleia), registrou 432 unidades. Em todos os casos, trata-se de unidades residenciais.
Valorização e desvalorização de imóveis
O preço médio do metro quadrado das unidades residenciais em produção na Grande Vitória apresenta variações expressivas entre os municípios e as tipologias. Na Serra, o m² custa em média R$ 6.936 em imóveis de 2 quartos e R$ 8.042 em unidades de 3 quartos, configurando-se como o mercado mais acessível da região.
Em Vila Velha, os valores sobem para R$ 12.653 nos apartamentos de 2 quartos e R$ 13.101 nos de 3 quartos. Já Vitória apresenta os preços mais altos: R$ 15.109 por m² em imóveis de 2 quartos e R$ 15.572 nos de 3 quartos.
É importante destacar que os valores se referem a médias, já que há grande diversidade de variáveis que impactam a composição do preço do metro quadrado. Os números também reforçam o contraste entre os municípios. Vila Velha e Vitória continuam concentrando maior poder de valorização e apresentando metragem mais elevada, fatores que atraem maior volume de empreendimentos, especialmente de alto padrão.
Entre dezembro de 2024 e junho de 2025, a Serra registrou movimentos distintos conforme a tipologia. Enquanto os imóveis de 2 quartos tiveram valorização de 8,07%, passando de R$ 6.418 para R$ 6.936, as unidades de 3 quartos sofreram retração de 13,89%, caindo de R$ 9.339 para R$ 8.042. O cenário revela maior demanda e consequente valorização nas unidades mais compactas, enquanto o segmento de 3 quartos perdeu força no período analisado.
Região Administrativa de Laranjeiras
CG Engenharia | Torre Sul – Edifício Contemporâneo Residence
• Residencial: 60 unidades
MRV | Vila de Manguinhos
• Residencial: 96 unidades
MRV | Parkside Residence
• Residencial: 248 unidades
MRV | Residencial Giardino Di Bali
• Residencial: 576 unidades
• Comercial: 4 unidades
• Total: 580 unidades
Monopoly Construtora | Quattro Residencial Clube (Terceira Torre)
• Residencial: 132 unidades
Monopoly Construtora | Quattro Residencial Clube (Segunda Torre)
• Residencial: 132 unidades
Monopoly Construtora | Quattro Residencial Clube (Primeira Torre)
• Residencial: 132 unidades
Elo Urbano | San Andres
• Residencial: 52 unidades
Octo Empreendimentos | Quinta Jatobá
• Residencial: 26 unidades
De Martin | Vila Verde Condomínio Clube – Acerola
• Residencial: 100 unidades
Pinheiro de Sá | Next Residence
• Residencial: 108 unidades
MRV | Spazio Vila de Itaúnas
• Residencial: 96 unidades
Região Administrativa da Serra Sede
MRV | Vila Serrana
• Residencial: 512 unidades
Região Administrativa do Civit
Morar | Vista de Porto Canoa
• Residencial: 480 unidades
Região Administrativa de Novo Horizonte
Morar | Vista do Passeio Condomínio-Clube
• Residencial: 576 unidades
Vivace Engenharia | Reserva dos Colibris
• Residencial: 80 unidades
Região Administrativa de Castelândia
MRV | Residencial Viva Corais
• Residencial: 432 unidades
Região Administrativa de Jacaraípe
MRV | Parque Viva la Serra
• Residencial: 144 unidades
Obs: No 45º Censo Imobiliário há uma informação conflitante: o relatório afirma que são 17 empreendimentos residenciais na Serra, totalizando 3.842 unidades. Porém, ao compilar os dados em anexo no final da pesquisa, a coluna identificou 18 empreendimentos, que somam 3.986 unidades residenciais. Acredita-se que, na contagem final apresentada pela pesquisa, tenha sido desconsiderado o seguinte item: Região Administrativa de Jacaraípe / MRV | Parque Viva la Serra / 144 unidades residenciais.

