Um acidente com vítima fatal aconteceu na tarde desta quarta-feira (10) no trecho conhecido como ‘Trevo da Morte’ na BR-101, próximo à Cidade Pomar na Serra. Segundo informações, um motociclista colidiu com uma carreta e acabou morrendo no local. O trecho ganhou esse título após os diversos acidentes com vítimas fatais que já ocorreram ali.
De acordo com a Eco 101, concessionária que administra a rodovia, equipes da empresa foram acionadas e foram até o local, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Instituto Médico Legal (IML).
No momento (16h53), a faixa dois da BR 101 está interditada no sentido norte (Serra-Fundão) e o tráfego segue sem lentidão pela faixa um. O motociclista faleceu no local. Segundo motoristas, um grande congestionamento começa a se formar na região.
O ‘Trevo da Morte’ é o 12º trecho mais perigoso da BR 101 no Brasil
O Tempo Novo fez diversas matérias sobre o perigo que esse trecho próximo à entrada de Cidade de Pomar representa e fizemos um breve resumo. Os moradores e motoristas que trafegam pela BR-101 todos os dias sofrem para passar entre os quilômetros 260 e 262 da rodovia, que fica nas proximidades de Cidade Pomar. A falta de radares e a péssima qualidade do asfalto já causaram várias vítimas. O problema se arrasta há anos e tanto a Eco-101 quanto os órgãos federais não assumem a responsabilidade pelo trecho; e a briga, inclusive, já foi parar na Justiça.
Além do apelido de ‘Trevo da Morte’, esses quilômetros da rodovia também ganharam o título de 12º trecho mais perigoso da BR 101 no Brasil. Em fevereiro, a Prefeitura da Serra processou a Eco-101, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O município reivindica recapeamento asfáltico e radar no local, que não funciona há 2 anos. Mas a empresa e os órgãos federais fazem jogo de empurra e ninguém assume a responsabilidade pelo trecho; enquanto isso, diversos acidentes acontecem no local.
A defesa da Eco diz que o trecho citado não foi transferido para sua concessão e, por isso, não pode realizar intervenções. A empresa argumenta que um viaduto estava previsto para ser construído entre os anos de 2010 e 2012 pelo Dnit e, como não foi feito, a transferência de responsabilidade do trevo de Cidade Pomar não aconteceu.
A Eco disse, ainda, que as medidas adotadas pela Prefeitura já foram judicializadas em outra ação do próprio município, na qual, segundo a empresa, a Justiça já teria reconhecido a “inexistência de responsabilidade da Eco 101”. E a concessionária insiste que o trecho é de responsabilidade do Dnit.
Já o órgão federal afirmou à reportagem que não atua em rodovias federais que estão sob concessão da iniciativa privada e que apenas a Reta do Aeroporto é de sua responsabilidade. A reportagem entrou em contato com a ANTT, que não se manifestou.