
Os ônibus do sistema Transcol vão continuar sem cobrador até o fim da pandemia do coronavírus. A Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) publicou uma nova atualização na portaria que afastou os profissionais da função na última terça-feira (29).
Os cobradores estão afastados desde o dia 17 de maio. Segundo o Governo do Estado, a medida foi adotada pelo dinheiro físico ser considerado como um vetor de transmissão do vírus.
A suspensão dos contratos seria de dois meses, mas o retorno dos trabalhadores do Transcol foi adiada por três vezes desde então. As empresas inseriram os profissionais no programa do Governo do Federal de redução ou suspensão da jornada de trabalho que deixará de valer no início de janeiro de 2021.
O afastamento dos cobradores passa a vigorar enquanto durar o Estado de Emergência em Saúde Pública no Espírito Santo, que foi decretado em março e não tem prazo para acabar.
O decreto do Governo do Espírito Santo foi publicado em 13 de março e seu prazo de vigência está vinculado a uma lei federal que estabelece medidas de prevenção ao coronavírus. Já essa lei vai durar enquanto tiver em vigor o estado de emergência global que foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A portaria diz que “fica proibido a utilização de dinheiro como forma de pagamento de passagens nos ônibus do Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana da Grande Vitória, tornando-se obrigatório a utilização do CartãoGV para acesso aos coletivos pelo prazo de duração do Estado de Emergência em Saúde Pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em virtude da utilização obrigatória do CartãoGV pelos usuários do sistema de transporte, ficam as operadoras obrigadas a suspender as atividades do cobrador no interior dos coletivos”.
No entanto, a Semobi não fala qual o destino dos profissionais. A reportagem procurou a Secretaria para saber o que será feito com os cobradores, mas a demanda não foi respondida.

