Em sessão realizada nesta quinta-feira (29), os desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) decretou a prisão preventiva dos juízes Alexandre Farina e Alexandre Gutmann, que atuam na Serra. Os dois são investigados por suposta venda de sentenças. As informações foram divulgadas na imprensa capixaba.
A ação resulta do pedido do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES). No TJ, a relatora do caso, Elisabeth Lordes, apontou que os dois poderiam interferir nas investigações. Dezenove desembargadores acompanharam a relatora e um alegou suspeição por motivos pessoais.
Também foi decretada a prisão de um empresário, rudes Cecato, e o ex-funcionário da Associação de Magistrados do Espírito Santo (Amages), Davi Ferreira Gama. Os juízes serão levados para o Quartel da Polícia Militar, em Maruípe. Já os outros presos serão levados para um presídio comum.
A reportagem tentou contato com os juízes citados, mas não obteve sucesso.
Entenda:
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo determinaram o afastamento de dois juízes que atuam no Fórum da Serra, Alexandre Farina e Alexandre Guttmann, que estão proibidos de se aproximar a 500 metros do Fórum. As alegações são de que os dois seriam suspeitos de corrupção e venda de sentenças para beneficiar um empresário.
A ação em desfavor dos juízes veio após um pedido da Procuradoria-Geral de Justiça, que apontou a necessidade dessa medida como forma de impedir possíveis tentativas de atrapalhar o processo, que corre no âmbito criminal.
O processo está em segredo de Justiça, por isso o nome dos demais acusados não pode ser revelado; a suposta sentença judicial comercializada foi deferida em março de 2017 para favorecer um empresário em questões imobiliárias milionárias na Serra.
O caso passou a ser investigado pela Polícia em decorrência da prisão do ex-policial civil, Hilário Frasson, que é o principal suspeito pela encomenda de assassinato da médica Milena Gottardi.