Por Renato Ribeiro
Você já teve a impressão que a cada ano que passa o calor parece aumentar mais, e que o outono, inverno e primavera ficam cada vez mais parecidos com o verão? Infelizmente isso não é apenas uma impressão.
É o que revela um estudo realizado no âmbito do projeto Vulnerabilidade à Mudança do Clima, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e apresentado no Seminário Indicadores de Vulnerabilidade ao Clima no último dia (26) em Vitória.
O documento aponta que o clima no Espirito Santo sofrerá alterações significativas nos próximos 26 anos, e que a temperatura máxima da Grande Vitória subirá em média 3 0 C nesse curto espaço de tempo.
Prevê também aumento de até 77% no número de dias consecutivos sem a ocorrência de chuva em alguns municípios do Estado. Para quem acha que já sofreu o suficiente com a falta d’agua, tais mudanças podem representar grandes impactos econômicos e ambientais para o Estado, tais como a redução na vazão dos rios que abastecem a população capixaba, escassez ainda maior de água, além do aumento do número de queimadas.
A secretária de Meio Ambiente da Serra, Andreia Carvalho, disse que ainda não recebeu as informações do estudo referentes às mudanças esperados no município. Mas garante que a cidade tem projetos que vão ajudar a minimizar os efeitos, como maior controle no licenciamento ambiental, fiscalização, mapeamento de áreas de risco e coleta de óleo de cozinha, através do projeto de Olho no Óleo. “Além disso, temos a formação de Agentes Ambientais Mirins, para despertar a consciência nas crianças” ressalta.
Já o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), informou através de sua assessoria de comunicação que não recebeu ainda o estudo da Fiocruz, por isso não iria se posicionar.
Países tentam acordo para frear aquecimento da Terra
Segue até o próximo dia 11 em Paris, França, a 21º Conferência do clima das Nações Unidas – COP 21, com a participação de 196 países que buscam a redução da emissão de carbono na atmosfera, substância que é a responsável pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas que vêm se acelerando.
O obtivo principal da conferência da ONU é costurar um novo acordo entre os países, para diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa, diminuindo o aquecimento global e em consequência limitar o aumento da temperatura global em 2 graus célsius até o ano de 2.100.
Em discurso no primeiro dia de Conferência, a presidente Dilma Rousseff defendeu que o acordo de Paris, que substituirá o Protocolo de Kyoto firmado em 1997, tenha caráter obrigatório para todas as nações, e não um simples resumo das melhores intenções de todos.
A COP 21 vai até dia 11 de dezembro, onde será assinado entre os países, o acordo com as metas para a redução da emissão de carbono na atmosfera. A COP 21 começou na última segunda (30).