Clarice Poltronieri
Enquanto o Brasil segue bem na Copa do Mundo 2018, alguns setores do comércio comemoram o bom desempenho da seleção e esperam que o jogo de hoje (06) aqueça ainda mais as vendas.
Gedilson Pandolfi, sócio-proprietário da Boutique de Carne, em Morada de Laranjeiras está preparado para um aumento de 80% nas vendas. “Quando o jogo foi domingo, o aumento nas vendas foi de 50%. Nos outros dias entre 50 e 60%. Mas para amanhã (06) espero até 80%, pois é sexta-feira, início de mês e muitos funcionários serão dispensados”, aposta.
Para Patrícia Cartoni, sócia-proprietária do bar Mercearia, em Laranjeiras, a cada jogo o movimento aumenta e o faturamento dobra. “No dia do jogo o faturamento dobra, pois muitos clientes esticam até à noite. Apenas no que foi pela manhã o movimento foi fraco. Nos dois últimos, a quantidade de pessoas dobrou de 100 para 200. E amanhã (06) espero ainda mais”, diz.
Renato Ferreira Alvarenga, sócio-proprietário do Disk Cerveja Homer Beer, em Rosário de Fátima, concorda. “As vendas aumentaram em 70% em comparação aos dias comuns e nesse jogo (06) as vendas devem dobrar, pois além de ser à tarde, é uma sexta-feira e muita gente não trabalha no sábado”, explica.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estimou que o comércio capixaba terá um faturamento extra de cerca de R$ 30 milhões, mas apenas em artigos específicos, como venda de televisores, de artigos de vestuário e acessórios com motivo de Copa e o de supermercados.
Prejuízos para outros
Mas nem todos lucram com as partidas da seleção. Os supermercados, por exemplo, ficam no ‘zero a zero’, já que o aumento na venda de alguns produtos compensa a perda com o fechamento das lojas. O presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), João Falqueto explica.
“O aumento nas vendas de cortes de churrasco, carvão, refrigerantes, cervejas e petiscos compensa a perda do faturamento da loja quando elas são fechadas por causa dos jogos”.
E o comércio em geral já teve um prejuízo de pelo menos R$80 milhões no Espírito Santo. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES) que calculou um prejuízo de R$20mi a cada partida da Seleção, por conta do fechamento das lojas durante a partida e o baixo movimento nas ruas.