Por Thiago Albuquerque
O ano de 2017 está apenas no começo, mas para uma atleta, o trabalho e os treinos fortes já são rotina para disputar muitas competições ao longo do ano. Do Tiro Esportivo, a serrana Eloisa Fernandes, aguarda ter um ano de muitas conquistas e superações. A maior expectativa para este ano é fazer parte da Seleção Brasileira pela primeira vez.
A para-atleta, em 2016 participou das três principais competições nacionais, sendo duas Copas do Brasil, em fevereiro e julho e em novembro, ela participou do Brasileiro de Tiro Esportivo. “Foi um ano de muito aprendizado, muito conhecimento adquirido, em fevereiro conquistei o bronze, e voltei da competição determinada a lutar por outros objetivos além das medalhas, o MQS”, conta ela.
O MQS é o Escore Mínimo de Qualificação, onde cada atleta para participar das Olímpiadas ou Mundiais, necessita de uma cota de vagas e deve alcançar pelo menos uma vez o MQS, durante um período de tempo definido.
“Em julho eu alcancei dois MQS, um mundial e um do CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e em novembro eu consegui mais três, um mundial, do CPB e um paraolímpico. Por esse motivo estou aguardando ansiosa, tudo indica que posso começar este ano na Seleção Brasileira de Tiro Esportivo, um sonho virando realidade”.
Segundo a atleta os técnicos dela já estão comemorando essa conquista, “estou com o grito preso na garganta, quero muito comemorar, mas primeiro quero ver a convocação oficial”.
Ajuda
Uma das maiores atletas de tiro do Brasil, com um pé na Seleção Brasileira não conta com nenhum patrocínio. “Tenho ajuda dos meus técnicos, do diretor do tiro esportivo do Álvares Cabral, Dr. Mário Pinheiro, que tem me dado todo suporte para subir cada degrau, gratidão ao meu técnico Thiago Torezanie, pela dedicação e incentivo, a minha família por entender a minha ausência e por estar na torcida sempre, a minha equipe, parceiros de viagem e competições e as pessoas que ficam nos bastidores trabalhando”.
Ela conta também que é muito difícil patrocínio para o Tiro Esportivo. “Acredito que por não conhecerem o esporte, os empresários têm medo de patrocinar uma pessoa ou um esporte que meche com esse tipo de equipamento, acham que é apologia à violência, mas acredito que é apenas falta de conhecimento do que é o de verdadeiro tiro esportivo”.