A Serra perdeu 1.380 vagas de trabalho com carteira assinada em dezembro. A informação é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, que contabiliza mensalmente o balanço entre admissões e demissões no país.
Apesar do dezembro ruim, a cidade conseguiu gerar mais vagas de trabalho formal do que perdê-las ao longo de 2019, graças a um desempenho melhor nos meses anteriores. Com isso, a Serra fechou o ano com 1.359 mais admissões que demissões. O número é modesto se comparado a 2018, quando o saldo positivo foi de 5,3 mil vagas.
No triênio anterior, porém – 2015, 2016 e 2017, durante o auge da crise econômica que atinge o país -, houve perda de 18,9 mil vagas de trabalho com carteira assinada na Serra.
É de se registrar que, além da crise econômica nacional, o município e outras cidades capixabas sofreram em 2015 com a paralisação da Samarco e agora enfrentam a redução da produção no complexo de Tubarão (Vale e ArcelorMittal Tubarão), em decorrência do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), ocorrida em janeiro.
A redução dos postos formais de emprego na Serra segue a tendência nacional. Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de dezembro apontavam que o Brasil estava com 41,2% da população economicamente ativa trabalhando na informalidade, um total de quase 39 milhões de pessoas. Por outro lado, em 2019, o trabalho informal bateu recorde desde que o IBGE começou a medi-lo em 2016.
Ainda de acordo com o Instituto, a principal fonte de geração de empregos no país hoje acontece justamente nas ocupações informais. Nelas, estão pequenos empreendedores sem registro, vendedores ambulantes, motoristas de aplicativo, pessoas que trabalham sem carteira em negócios de família, dentre outras atividades.