Serra lidera geração de empregos em julho – veja setores que contrataram e demitiram

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Crédito: Divulgação

Em julho, a Serra retomou o protagonismo na geração de empregos no Espírito Santo, liderando a criação de postos de trabalho com saldo de 478 vagas abertas. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e se referem a trabalhadores contratados sob o regime da CLT. O número de postos de trabalho corresponde ao saldo líquido, resultado da diferença entre admissões e demissões.

No período, empresas localizadas na Serra realizaram 9.183 contratações com carteira assinada e 8.705 desligamentos, alcançando o saldo positivo de 478 vagas. Em seguida aparecem Vitória (368), Viana (250), Itapemirim (177), Cachoeiro de Itapemirim (176), Cariacica (160) e Aracruz (144).

Acumulado do ano

De janeiro a julho, a Serra ocupa a segunda posição no ranking das cidades capixabas que mais geraram empregos, atrás apenas de Aracruz, que vive um ciclo de expansão econômica impulsionado por investimentos privados no novo complexo portuário em implantação e no setor industrial.

Nesse período, Aracruz registrou 4.259 vagas abertas, enquanto a Serra somou 3.298, seguida por Vitória (1.306), Cachoeiro de Itapemirim (1.300), Linhares (1.170) e Cariacica (1.028). Juntas, Serra e Aracruz respondem por aproximadamente 42% do total de empregos criados no Espírito Santo, que chegou a 18.086 novos postos de trabalho.

Destaques negativos

Em contrapartida, Vila Velha apresentou desempenho bem abaixo das demais cidades da Grande Vitória. Nos sete primeiros meses do ano, o município acumulou saldo negativo de 24 vagas, ou seja, houve mais demissões do que contratações, resultando no fechamento de empregos formais.

Setores que contrataram e demitiram

Entre os cinco grandes grupamentos da economia, Serviços liderou a geração de empregos em julho, com 592 vagas abertas, seguido por Comércio (119) e Indústria (94). O resultado positivo, no entanto, foi impactado pelo desempenho negativo da Agropecuária (-7) e, sobretudo, da Construção, que fechou 320 postos de trabalho.

O recuo na Construção reflete o desaquecimento do setor em todo o país, influenciado pelos juros altos, que inibem a compra de imóveis e afetam o planejamento das empresas. Em agosto, o Índice de Confiança da Construção (ICST) voltou a cair, sinalizando preocupação entre os empresários do setor.

Já o setor de Serviços, que abrange desde limpeza e atividades administrativas até alimentação, educação e saúde, apresentou desempenho positivo em praticamente todos os segmentos e segue como o maior empregador da cidade.

Jovens e trabalhadores com ensino médio lideram

O recorte mostra que, em julho, apenas mulheres foram responsáveis pelo saldo positivo, isso porque foram contratados 5.608 homens, mas houve o mesmo número de desligamentos entre os homens, resultando em saldo nulo para eles.

Escolaridade: trabalhadores com ensino médio completo lideraram, com 327 vagas líquidas, seguidos por médio incompleto (142) e fundamental incompleto (117). Já para quem possui ensino superior, os resultados foram negativos: -70 para formados e -45 para não concluintes.

Faixa etária: os jovens puxaram o saldo positivo. Trabalhadores de 18 a 24 anos lideraram com 365 vagas abertas, seguidos pelos adolescentes de até 17 anos (168). Depois aparecem as faixas de 30 a 39 anos (78) e 25 a 29 anos (39). Entre os mais velhos, os saldos foram negativos: 40 a 49 anos (-95) e 50 a 64 anos (-83).

Foto de Yuri Scardini

Yuri Scardini

Yuri Scardini é diretor de jornalismo do Jornal Tempo Novo e colunista do portal. À frente da coluna Mestre Álvaro, aborda temas relevantes para quem vive na Serra, com análises aprofundadas sobre política, economia e outros assuntos que impactam diretamente a vida da população local. Seu trabalho se destaca pela leitura crítica dos fatos e pelo uso de dados para embasar reflexões sobre o município e o Espírito Santo.

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