Por Clarice Poltronieri
A história dos imigrantes europeus que colonizaram o interior do Espírito Santo será contada em forma de série. É que o documentário Porto de Cachoeiro está sendo finalizado e terá seus dois primeiros capítulos lançados em junho. A produção é uma parceria do diretor Fernando Pratti, com fotografia e edição do serrano Benevides Correia.
Da Serra, a obra vai mostrar a navegação no rio Santa Maria da Vitória na região do sítio histórico de São José do Queimado, que antigamente era o único caminho que ligava a capital ao interior do estado.
Os municípios de Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina são o foco desta saga que reúne a história de nove etnias de imigrantes europeus que desbravaram o interior do Estado.
“A ideia inicial era fazer um documentário, mas quando fomos a campo filmar descobrimos tantas riquezas sobre as histórias desses lugares que optamos por criar uma série, que já está com dois episódios prontos”, conta Fernando Pratti, diretor do filme.
Os dois primeiros episódios serão lançados simultaneamente e terão cerca de 1 hora cada. No primeiro, uma encenação contando a história desde a chegada dos primeiros imigrantes – 113 suiços e 36 alemães – no Porto de Vitória em 1857 até seu destino final, o Porto de Cachoeiro, em Santa Leopoldina.
Neste episódio, gravações foram feitas nos manguezais serranos próximo a Queimado, pois o trajeto segue do Porto de Vitória pela hidrovia do Rio Santa Maria até chegar ao Porto de Cachoeiro. Serão mostradas as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes para atingir a região do interior do estado e como esses imigrantes conseguiram transformar Santa Leopoldina em uma das regiões mais prósperas da época.
Já a partir do segundo episódio, a região das Santas começa a ser mostrada na atualidade: a exuberância das paisagens naturais, os sítios rurais, as comunidades históricas e o patrimônio arquitetônico dessas comunidades de influência europeia.
Quem cuidou da fotografia e está finalizando a edição de som e imagem é Benevides Correia, morador de Eurico Sales, que normalmente trabalha com documentários serranos. “As filmagens começaram na festa de Santa Maria de Jetibá. Agora estou finalizando. Está sendo um trabalho muito interessante, um dos maiores que participei”, conta.
Confira fotos de algumas cenas: