Nos últimos anos, cada vez mais pessoas têm se declarado “intolerantes à lactose” e cortado o leite da alimentação. Mas será que todos esses casos são realmente de intolerância? Ou há outros fatores por trás desse desconforto?
A intolerância à lactose acontece quando o organismo tem dificuldade em digerir o açúcar natural do leite, a lactose por deficiência da enzima lactase, produzida no intestino delgado. Quando essa enzima está em baixa, o açúcar não é digerido corretamente, causando sintomas como gases, distensão abdominal, dores, náuseas e diarreia.
O que muita gente não sabe é que existem graus diferentes de intolerância. Algumas pessoas toleram pequenas quantidades de leite ou derivados, principalmente quando consumidos junto às refeições. Outras, porém, precisam evitar até mesmo pequenas doses.
Mas atenção: sintomas parecidos podem estar ligados a outros distúrbios gastrointestinais, como a síndrome do intestino irritável, o excesso de gorduras nas refeições ou até o uso frequente de antibióticos. Por isso, o diagnóstico deve sempre ser confirmado por um profissional de saúde, com exames adequados.
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Dica da Nutri
Antes de eliminar completamente o leite e seus derivados, procure orientação. Cortar sem necessidade pode levar à deficiência de cálcio e vitamina D, importantes para ossos, músculos e metabolismo.
Hoje, o mercado oferece diversas opções para quem precisa reduzir o consumo de lactose: leites e iogurtes zero lactose, queijos naturalmente com baixo teor (como parmesão e muçarela) e bebidas vegetais, mas cada escolha deve ser feita com equilíbrio e consciência.
Afinal, o importante não é excluir alimentos, e sim entender o seu corpo e adaptar a alimentação da forma mais saudável e individual possível.

