A Samarco (Vale + BHP) está se negando a construir uma represa de concreto e comportas no rio Pequeno, que liga a lagoa Juparanã ao rio Doce em Linhares. E com isto, impedir a contaminação da lagoa com a lama de rejeito de mineração presente no rio Doce por causa do desastre crime/Ambiental de Mariana em 2015.
Por conta de uma barragem improvisada de terra que a Samarco fez, a lagoa Juparanã encheu e inundou comunidades nas cidades de Linhares e Sooretama. A construção de represa definitiva dotada de comportas havia sido determinada pela vara da Fazenda Pública, Registros Público e Meio Ambiente de Linhares, no início de setembro. Mas a Samarco obteve liminar do Tribunal de Justiça do ES cassando a decisão no último dia 04 de setembro.
Agora a mineradora, através da Fundação Renova, está aprofundando um canal alternativo ao lado da barragem de terra improvisada. O canal será reaberto neste sábado, o que vai gerar aumento do nível do rio Pequeno. E aí 56 famílias terão ribeirinhas que estão abaixo da barragem improvisada terão que deixar suas casas em Linhares.
A Renova alugou casas e quartos de hotéis para essas pessoas ficarem até o final de março, quando acaba a estação chuvosa.