Reis Magos e Queimado são os monumentos históricos preferidos dos turistas na Serra

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Um dos pontos turísticos mais visitados da Serra é a Igreja de Reis Magos, em Nova Almeida. Foto: Renzo Ambrozini
Um dos pontos turísticos mais visitados da Serra é a Igreja de Reis Magos, em Nova Almeida. Foto: Renzo Ambrozini

A Serra é uma cidade repleta de monumentos históricos e um deles se destaca como o mais visitado do município. A Igreja e Residência de Reis Magos, em Nova Almeida, é o local predileto de turistas de todas as partes do Brasil.

De acordo com a Prefeitura da Serra, até o mês de outubro deste ano, o local recebeu aproximadamente 12 mil visitantes, cerca de 1.200 mensalmente. Até o final do ano, estima-se que esse número chegue aproximadamente a 14.400 visitantes.

Todos os domingos o local tem atraído um grande número de visitantes para ver o pôr-do-sol com saxofone. A iniciativa tem acontecido sempre das 16h30 às 18horas, e ocorre  tanto no deck da igreja, quanto no janelão. As belezas naturais vistas do alto da colina da igreja cha-mam a atenção dos turistas que ficam encantados principalmente, com o balé das andorinhas que são presença constante no local.

O templo de Reis Magos foi construído em 1580 e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como pa-trimônio histórico nacional desde 1943. Constitui um dos principais exemplares do patrimônio arquitetônico jesuíta brasileiro.

Nele está exposto, num retábulo de madeira, o quadro que é a primeira pintura a óleo do Brasil. A obra “Adoração dos Reis Magos” é um dos únicos exemplares remanescentes do trabalho do pintor jesuíta Belchior Paulo.

Pela média,  as ruínas de Queimados devem receber 9.600 mil pessoas até o fim de 2021. Foto: Arquivo Jornal Tempo Novo

Queimado deve fechar 2021 com quase 10 mil visitas

Já nas ruínas de São José do Queimado, como não há caderno de visitação para registros, o Município estima que o local receba cerca de 150 visitantes por semana, chegando a 300 quando tem excursão de turistas no local. Pela média,  o local deve receber 9.600 mil pessoas até o fim de 2021.

As ruínas do Queimado são conhecidas pela Insurreição de Queimado ocorrida em 19 de março de 1849. Foi a maior revolta de escravos do Espírito Santo e uma das mais importantes do Brasil – um marco da luta pela liberdade do povo negro no país.

De acordo com historiadores, o Frei Gregório Maria de Bene prometeu a liberdade aos escravos em troca da construção da igreja. A promessa não foi cumprida, o que gerou a revolta dos escravos e mais de 150 negros foram mortos na ocasião. À frente do movimento negro estiveram Eliziário Rangel, como líder, João da Viúva e Chico Prego.

A Serra possui ainda o sítio histórico de São João Batista de Carapina, cuja igreja secular é aberta para missas da comunidade e não fica aberta à visitação. O templo foi construído por jesuítas em 1584, no século XVI. A igreja ma-triz de Nossa Senhora da Conceição, na Serra Sede, é outro importante ponto turístico da cidade e é aberta para visitação de fieis.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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