Neste fim de semana, quatro ônibus da linha Transcol foram queimados no município da Serra, e um quinto foi apedrejado. O prejuízo, que já ultrapassa a marca dos R$ 3 milhões, pesa não apenas no bolso do Estado, mas também na conta do morador.
Na última sexta-feira (19), um coletivo foi queimado em Nova Carapina II, em retaliação à morte de um suspeito durante um confronto com a Polícia Militar (PMES) em Cidade Pomar, bairro vizinho, no dia anterior. Mais tarde, um grupo fechou parcialmente a BR-101, ateou fogo em mais um coletivo e apedrejou outro. Na ocasião, a circulação dos ônibus chegou a ser suspensa por horas, sendo retomada apenas no final da tarde, sob escolta policial.
Na noite de sábado (20), outros dois coletivos foram alvos de vandalismo no município, desta vez nos bairros José de Anchieta I e José de Anchieta III. Um dos ônibus fazia a linha 843 e foi atacado na região conhecida como “Inferninho”. O outro passava pela rua Água Marinha, em José de Anchieta I.
Afinal, o que acontece quando um coletivo é destruído?
A equipe de reportagem do Jornal Tempo Novo recebeu inúmeros questionamentos de moradores sobre o que acontece quando um veículo da linha Transcol é vandalizado. A partir disso, diversas perguntas foram enviadas ao Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória — GVBus.
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Em um mês, foram 18 ônibus atacados (incendiados ou apedrejados) na Grande Vitória. Segundo o sindicato, cada coletivo novo custa, em média, R$ 800 mil, o que faz com que o prejuízo apenas na Serra ultrapasse os R$ 3,2 milhões.
De acordo com o GVBus, “estes prejuízos recaem sobre todo o Sistema Transcol, especialmente sobre as empresas de ônibus, mas também sobre a população, já que um ônibus novo demora, em média, três meses para ser fabricado, além do período necessário para os trâmites legais até que ele possa entrar em circulação”.
Em nota, o sindicato destaca ainda que dano ao patrimônio público é crime, com penas de 6 meses a 3 anos, além de multa. “O GVBus lamenta a depredação e a destruição de ônibus coletivos de forma criminosa, e ressalta que esse ato somente traz prejuízos para o Sistema Transcol e para os moradores dos bairros onde os fatos ocorrem.”

