Na última sexta-feira (23) a CPI dos Maus-tratos Contra os Animais da Assembleia Legislativa do ES, esteve em Cachoeiro de Itapemirim para averiguar denúncias contra uma protetora da região.
As denúncias de maus-tratos foram feitas por três ONG’s, contra a protetora Márcia Liverani. Liverani chegou a ter um pedido de condução coercitiva acatado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, uma vez que se negava a receber notificações para comparecer a audiência.
No dossiê apresentado pelas ONG’s Sopaes (Sociedade Protetora dos Animais do Espírito Santo), Amakaxu e Patas de Rua, consta que a denunciada estaria cometendo crimes de maus-tratos contra animais, prática de estelionato virtual e uso indevido de recursos da ong Acaci. Na denúncia consta também cópias de várias postagens que a mesma fez na internet falando mal de protetores e da atuação da CPI. O advogado e presidente da ongPatas de Rua, Fernando Ghio, reafirmou todas as denúncias em plenário. Além dele a CPI também ouviu os depoimentos de Kayna de Lucca, que é vizinha da denunciada, do radialista, Antônio Geraldo Almeida Costa e da presidente da ong Amakaxu, Selma Gomes. Todos reafirmaram as supostas denúncias contra a protetora.
Márcia Liverani, que preside a Acaci, estava acompanhada de um advogado e se reservou ao direito de só falar em juízo.
“Em virtude das publicações caluniosas que a senhora Márcia Liverani fez contra a Comissão Parlamentar de Inquérito em seu facebook, foi solicitado a procuradoria da Assembleia Legislativa que faça uma análise do material para adoção de medidas cabíveis contra a protetora. Temos realizado um trabalho sério e comprometido com a causa animal e não podemos aceitar esse tipo de acusação mentirosa por parte dessa senhora. Como a mesma se recusou a responder os questionamentos que foram feitos, dei um prazo de 15 dias para que ela apresente a Comissão todo o material da Acaci, a fim de averiguarmos as denúncias. O material coletado será enviado ao Ministério Público, a Delegacia Ambiental e Causa Animal e a Delegacia de Crimes Virtuais. Acionaremos os órgãos competentes da Prefeitura Municipal de Cachoeiro para fiscalização e averiguações pertinentes”, declarou a presidente da CPI, deputada Janete de Sá.