A produção industrial capixaba apresentou uma tímida recuperação no mês de junho, crescendo 1% em comparação ao mês de maio. Apesar disso, a indústria segue com números negativos em relação a 2018. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho a produção retraiu 13,2% se comparado a junho de 2018.
O resultado negativo segue impulsionado pelo comportamento da indústria extrativa (segmento de minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo) com retração de 15,9%; além da indústria de transformação (-10,6%). Na indústria de transformação, a queda é puxada pelos setores de fabricação de celulose, papel e produtos de papel (celulose) (-30,4%) e de metalurgia, (-16,0%).
Em junho, o Espírito Santo foi o segundo estado pesquisado com maior queda na produção industrial, comparado a 2018, atrás apenas do Mato Grosso. Em maio, a produção capixaba foi a que apresentou a pior queda na produção industrial brasileira, e o mês foi o pior para o estado.
O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) analisa que o recuo do setor extrativo segue devido à redução da produção de minério de ferro/pellets nas plantas de Tubarão, em razão da parada para manutenção das usinas 1, 2, 3 e 4, acrescido do setor de petróleo e gás natural, que apresenta redução da produção de óleo e gás natural no Espírito Santo ao longo dos últimos meses, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).