Procon alerta para venda de sabão em pó falsificado em supermercados da Serra

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Agentes de fiscalização encontram sabão em pó falsificado em supermercado do ES. Foto: divulgação

Você sabia que aquele sabão em pó de marca conhecida que você compra no supermercado pode ser falsificado? Além de não limpar direito, o produto irregular pode danificar suas roupas, estragar a máquina e até prejudicar a saúde. Esse alerta vai de encontro a denúncias feitas nos últimos meses, onde marcas de sabão em pó e até carnes estragas foram encontrados por fiscalizadores em uma rede de supermercados na Grande Vitória, como já informado pelo Tempo Novo.

Diante disso, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) alerta a população para ficar atenta aos sinais que indicam possíveis falsificações. Como a aparência da embalagem, o cheiro do produto, o preço muito abaixo do mercado e até o local da compra podem indicar que algo está errado.

O que observar antes de comprar:

Data de produção e lote: verifique se a data de fabricação e o número do lote estão gravados em alto-relevo na embalagem. Esse é um dos sinais de que o produto é original.

Fechamento da embalagem: produtos falsificados geralmente têm a tampa colada com cola quente, facilitando vazamentos ao manusear ou agitar a embalagem.

Impressão da embalagem: as embalagens originais têm maior qualidade e são gravadas a laser, dificultando que a impressão seja removida com facilidade. Já as falsificadas, a qualidade é inferior e as impressões são feitas diretamente na caixa.

Erros ortográficos: observe atentamente os textos na embalagem e a qualidade da impressão, que pode estar borrada, apagada ou com cores diferentes do original.

Preço muito baixo: valores bem abaixo do mercado podem indicar falsificação ou irregularidade.

Cheiro e textura do produto:

Cheiro: o sabão em pó original tem um perfume forte e característico, que lembra até amaciante. Já o falsificado tem pouco ou nenhum cheiro.

Textura e espuma: o sabão em pó original é fino, homogêneo e dissolve com facilidade. Já o produto falsificado costuma ter grãos mais grossos, empelotados e pode conter até partículas estranhas. Além disso, o original costuma produzir mais espuma durante o uso, enquanto o falsificado forma pouca ou quase nenhuma espuma.

O que fazer se identificar um produto falsificado?

Caso você perceba que comprou um produto falsificado, evite o uso imediatamente e denuncie à Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) e ao Procon-ES, por meio do formulário de Denúncia Eletrônica disponível no site: www.procon.es.gov.br.

Segundo o Procon-ES, o consumidor também pode solicitar a troca do produto no próprio estabelecimento, desde que apresente a nota fiscal da compra. Além disso, o órgão reforça que os fornecedores têm a obrigação de garantir que os produtos estejam em condições adequadas para o consumo e em conformidade com as normas sanitárias e técnicas vigentes.

Sabão em pó falsificado já foi encontrado em supermercados do ES

No último dia 21 de julho, o Jornal Tempo Novo informou que produtos como sabão em pó e carnes haviam sido encontrados em uma rede de supermercados em Cariacica, com indícios de falsificação, violados e vencidos. No total, os agentes encontraram 330 quilos de carnes fora do prazo de validade, embalagens violadas de diversos alimentos e dois lotes de sabão em pó (33 quilos) da marca Omo com suspeita de falsificação. Os produtos foram apreendidos e encaminhados para análise técnica.

A operação de fiscalização foi coordenada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com o Procon-ES e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Vandindo Leite (PSDB).

As unidades fiscalizadas pertencem à mesma rede de supermercados, localizada no município de Cariacica, cidade vizinha da Serra. Segundo o Procon, a inspeção foi motivada por denúncias de consumidores que relataram irregularidades na qualidade dos produtos vendidos. Além dos supermercados, uma distribuidora de alimentos também foi flagrada com irregularidades no armazenamento de carnes.

As ações fazem parte de um esforço integrado para coibir práticas abusivas no comércio de alimentos e garantir a segurança alimentar da população.

De acordo com o Procon-ES, além das apreensões, os estabelecimentos serão autuados e poderão responder por infrações administrativas e até criminais, caso as adulterações sejam confirmadas por laudos periciais. A multa para esse tipo de irregularidade pode ultrapassar R$ 10 milhões, dependendo da gravidade e da reincidência.

Foto de Guilherme Marques

Guilherme Marques

Guilherme Marques é jornalista e atua como repórter do Portal Tempo Novo.

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