Com capacidade de realizar até oito mil partos por mês, o Hospital Materno Infantil, em Colina de Laranjeiras, será administrado pela Santa Casa de Misericórdia – Organização Social (OS) contratada pela Prefeitura da Serra. A maternidade deve ser aberta ao público com pleno funcionamento de suas atividades até o final deste mês. Além dos nascimentos dos novos serranos, o Materno também contará com atendimento especializado às vítimas de violências doméstica e cirurgias pediátricas e ginecológicas.
A Prefeitura da Serra ainda não divulgou os detalhes sobre a contratação da Santa Casa. No entanto, o contrato funcionará da mesma forma que ocorre na Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Castelândia e Carapina. A empresa recebe repasse da administração municipal para gerenciamento do hospital e é responsável, inclusive, pela contratação e pagamento da remuneração dos funcionários.
O processo seletivo para contratação dos funcionários será realizado pela Organização Social, mas até o momento não foram divulgadas informações sobre quando isso deve ocorrer. De acordo com o Município, os servidores que atuam na Maternidade de Carapina também poderão solicitar transferência para o Materno Infantil.
De acordo com o prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), a previsão é que, no máximo, até janeiro de 2022 o Materno Infantil esteja aberto ao público e já realizando partos, além dos outros serviços.
Para centralizar os partos em um único local, a Prefeitura vai finalizar o atendimento às gestantes na Maternidade de Carapina e transferir todos os serviços para o novo hospital, que possuirá maior capacidade. “Estamos transferindo para o hospital a maternidade de risco habitual, que está em Carapina”, disse o prefeito.
Vidigal ainda explicou que, além dos partos de risco habitual, o Materno Infantil terá outros serviços de risco alto e até cirurgias. “Teremos também maternidade de risco alto, que vai atender a demanda da Serra; e vamos incluir cirurgias ginecológicas. Serão 20 leitos para cirurgia ginecológica, além de dez leitos para cirurgia pediátrica. Teremos também um centro de referência para atender mulheres vítimas de violência sexual”, detalhou o prefeito.
Até o mês de setembro deste ano, o Materno Infantil estava sendo gerido pelo Governo do Estado, através da Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (AEBES) – a mesma OS que administra o Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, em Morada de Laranjeiras. Os planos do governador Renato Casagrande (PSB) eram de colocar a unidade, que foi construída pela Prefeitura da Serra e doada pela gestão passada ao Estado, para funcionar apenas como maternidade de risco alto.
Entretanto, Sergio Vidigal decidiu não efetivar a doação e, dessa forma, o hospital voltou a ser de responsabilidade da Prefeitura da Serra. Após assumir a gestão, a administração municipal pretendia abrir a maternidade ainda em outubro, o que não ocorreu devido aos trâmites legais que precisam ser efetivados.
“O Governo do Estado nos devolveu oficialmente o Materno Infantil no mês de setembro. Com um problema: não patrimonialismo tudo aquilo que recebeu. E nós precisávamos desses dados porque estavam lá as plaquinhas só do Governo do Estado, mas a Prefeitura deixou lá um quantitativo de equipamentos que também por erro da gestão passada não levou em consideração na hora de fazer a cessão do hospital”, explicou Vidigal.
Ainda de acordo com o prefeito, também houve mudanças nos atendimentos que serão ofertados. “A gente mudou um pouco a concepção, porque a concepção que o Estado ia fazer era só de maternidade de risco alto. Quando a prefeitura entregou o equipamento ao Estado, o Estado trabalhou só maternidade de risco alto. Agora, teremos risco alto, baixo e outros atendimentos específicos. A previsão é de até o final de janeiro a gente já estar em condições de funcionar dentro desses serviços.”
O Materno Infantil vai oferecer, às famílias serranas, 174 leitos, em entre maternidade de risco habitual, de risco alto e UTIs. Para que o hospital funcione, a Organização Social contratada pelo Município vai realizar o recrutamento de todos os profissionais e administrar a maternidade.