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Pesquisa | Sucessão de Vidigal com Weverson é bastante promissora; Audifax cresce seguido de Pablo

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Decisão editorial: Em termos de audiência para o veículo de comunicação, seria ideal publicar a pesquisa contratada junto à Qualitest em partes, para aproveitar melhor o conteúdo. No entanto, esse modelo pode impedir que o leitor tenha uma visão ampla e abrangente do cenário que a pesquisa oferece. Portanto, nesta primeira publicação, todas as questões pesquisadas serão divulgadas integralmente e, posteriormente, serão analisadas individualmente.


Análise do resultado

Weverson é promissor, ancorado na avaliação positiva do governo de Vidigal e do governo de Casagrande, do qual fez parte. Além disso, se beneficia da boa perspectiva de transferência de votos do prefeito e governador; junto à menor taxa de rejeição entre os pré-candidatos. Caricatura de propriedade do Jornal Tempo Novo.

A grande novidade no contexto eleitoral da Serra foi a decisão inédita de um prefeito, ainda no exercício de seu mandato, de não disputar a reeleição. Essa decisão foi tomada pelo atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), e anunciada em março. O escolhido para receber o apoio do prefeito foi Weverson Meireles, que ocupa a secretaria de coordenação de governo e tem uma longa trajetória junto a Vidigal, apesar de ser relativamente jovem, com 33 anos.

A Pesquisa Qualitest revelou que a sucessão de Vidigal por um novo nome é amplamente promissora, ancorada na avaliação positiva do governo de Vidigal e sua significativa capacidade de transferência de votos. Essa possibilidade ganha ainda mais força caso o governador Renato Casagrande (PSB) decida prestar seu apoio a Weverson, já que Casagrande é um verdadeiro coringa eleitoral. Assim como Vidigal, seu governo é muito bem avaliado entre os moradores da Serra e possui uma grande influência na transferência de votos entre o eleitorado serrano, uma condição factível devido à aliança solidificada entre Casagrande e Vidigal.

Weverson, como um nome novo, possui a menor rejeição entre os candidatos listados, embora ainda seja desconhecido pela maioria dos eleitores. É importante destacar que a pesquisa não o identificou como “o candidato de Vidigal”, e mesmo assim ele pontuou, o que é considerável, já que nunca disputou eleição e foi apresentado a menos de dois meses.

O estudo também revela que, caso Vidigal fosse candidato, seria o franco favorito, com possibilidade até de ganhar no primeiro turno, considerando os votos válidos e a margem de erro para cima. No entanto, também mostra um certo cansaço do eleitorado, visto que ele é muito bem avaliado, mas não pontua na mesma proporção. Esse “teto” pode ter sido um dos motivos políticos que o levaram a optar por um sucessor mais jovem, participante de sua gestão bem avaliada, aliado de Casagrande e pouco conhecido entre a massa de eleitores, o que resulta em um candidato com baixíssima rejeição.

Sem Vidigal na disputa, Audifax salta da 3ª para a 1ª colocação e se torna o favorito para alcançar o 2º turno da eleição. Caricatura de propriedade do Jornal Tempo Novo.

Se a eleição fosse hoje, com a saída de Vidigal, naturalmente o maior beneficiado seria o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que passa a liderar a pesquisa. Esse movimento do eleitorado já era esperado, dado que uma parte expressiva dos serranos vê Vidigal e Audifax como parte de um único projeto que trouxe resultados para a cidade.

Sem Vidigal, Audifax tem grandes possibilidades de ir ao segundo turno, uma condição muito diferente se o prefeito estivesse na disputa. O ex-prefeito também é um bom transferidor de votos, embora Vidigal e, especialmente, Casagrande tenham se mostrado mais bem aceitos pelos eleitores, um resultado que não é surpreendente, já que os dois últimos estão atualmente exercendo os mandatos de prefeito e governador, respectivamente. No entanto, é um fato estatístico: se a eleição fosse hoje, sem Vidigal na disputa, Audifax ressurgiria no cenário eleitoral, saltando da terceira para a primeira posição.

Foi uma decisão do Jornal Tempo Novo, em conjunto com a Qualitest, não simular um segundo turno, já que seria excessivamente especulativo, considerando que até para o primeiro turno o cenário ainda é muito indefinido. Isso é evidenciado pela alta taxa de indecisos na pesquisa espontânea. Outro aspecto que ainda está em aberto e será objeto de pesquisa nas próximas rodadas é a avaliação dessa taxa de ‘cansaço’ em relação a Audifax e Vidigal. Quanto ao prefeito, o cruzamento dos dados sobre a boa avaliação de seu governo com sua taxa de intenção de votos torna o cenário mais compreensível. Este aspecto também será avaliado em relação a Audifax.

Pablo é competitivo, porém ainda está concentrado na bolha de seus eleitores da internet e daqueles localizados na Serra Sede. Sua rejeição está tecnicamente empatada com a de Audifax e Vidigal, o que reflete um padrão nacional dos fenômenos da web, que crescem rapidamente, assim como sua rejeição, como um efeito colateral. Caricatura de propriedade do Jornal Tempo Novo.

Chegamos assim ao segundo colocado no cenário sem Vidigal: o deputado Pablo Muribeca (Republicanos). A pesquisa indica que Pablo tem uma base de eleitores bastante concentrada na região da Serra Sede (especialmente na área conhecida como Serra B). Apesar de aparentemente sólida, essa base forma uma espécie de bolha que não alcança a casa dos 30% em nenhum cenário testado. Contudo, como fenômeno eleitoral e de internet, Pablo conseguiu alcançar uma fração de eleitores que o torna um candidato competitivo. Um item importante é que ele ainda não é conhecido em algumas regiões da Serra, em especial no litoral, o que é um ponto a ser explorado tanto por ele quanto pelos adversários.

No que tange à rejeição, Vidigal, Audifax e Pablo estão tecnicamente empatados. A rejeição de Vidigal e Audifax já era esperada e está dentro do histórico; porém no que diz respeito a Pablo, essa informação vai de encontro com outras realidades eleitorais do Brasil, onde o modelo eleitoral, influenciado pelos movimentos bruscos das redes sociais que geram grande engajamento e atraem muitos eleitores, apresenta como efeito colateral o aumento da rejeição na mesma medida. A pesquisa deixa claro que Pablo é competitivo, mas enfrenta dois grandes desafios: romper a bolha na qual está inserido e manter seu capital digital ativo sem que sua rejeição aumente proporcionalmente.

Se a eleição fosse hoje, o debate entre Lula e Bolsonaro não influenciaria a decisão de voto da maior parte dos eleitores da Serra. Além disso, líderes locais como Vidigal, Audifax e, especialmente, Casagrande são mais eficazes na transferência de votos do que o presidente e o ex-presidente. Caricatura de propriedade do Jornal Tempo Novo.

Quanto aos dois candidatos ancorados na polarização nacional entre PT/Lula e PL/Bolsonaro, respectivamente o ex-deputado Roberto Carlos e o vereador Igor Elson, a pesquisa indica que se a eleição fosse hoje, a maioria esmagadora dos eleitores da Serra não basearia seu voto na nacionalização da disputa local.

Como transferidores de votos, Lula ainda se sai ligeiramente melhor do que Bolsonaro, mas ambos enfrentam alta rejeição. Embora as militâncias petistas e bolsonaristas consigam fazer muito barulho nas redes sociais e reunir quantidades expressivas de pessoas, para a grande massa de eleitores, os temas locais ainda predominam. Se a polarização nacional se intensificar nos próximos meses, ou se lideranças de renome nacional como Lula e Bolsonaro visitarem a Serra, ambos podem ser beneficiados por esse fenômeno. No entanto, se a eleição ocorresse no período em que a pesquisa foi realizada, o desempenho deles seria eclipsado pelas narrativas e líderes locais da Serra.

Em voo solo, o empresário Wylson Zon está na disputa pelo Partido Novo. Ele aparece nos cenários propostos, porém ainda com baixa adesão. Caricatura de propriedade do Jornal Tempo Novo.

Método e critérios técnicos da pesquisa

Com o objetivo de consultar a população sobre os cenários pré-eleitorais, intenções de voto e avaliação do município, o Jornal Tempo Novo contratou o Instituto de Pesquisa Qualitest. A coleta de dados foi realizada de forma domiciliar, face a face, por meio de sorteio eletrônico conforme os setores censitários proporcionais ao Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta é a primeira pesquisa publicada em um veículo de comunicação capixaba que se adequou ao novo Censo, enquanto outras ainda utilizam os dados do Censo de 2010, que apresentam uma distribuição populacional defasada, considerando que a cidade cresceu mais de 100 mil habitantes. Um bom exemplo diz respeito a Colina de Laranjeiras, que em 12 anos saltou de 4 mil para 18 mil habitantes, fato que evidentemente altera a lógica de distribuição proporcional das áreas pesquisadas.

A decisão de realizar a pesquisa domiciliar por sorteio eletrônico foi tomada em resposta a uma prática antiga e recorrente na Serra, onde cabos eleitorais tentam cercar os coletores de dados para manipular os resultados coletados.

Foram realizadas 1.000 entrevistas estratificadas por região, sexo, faixa etária e escolaridade, de acordo com os dados de eleitores divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março de 2024. Paralelamente à coleta de dados, 20% dos questionários foram submetidos a uma auditoria para verificar as respostas e assegurar a adequação dos entrevistados aos parâmetros amostrais.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número ES-04460/2024 e foi realizada entre os dias 3 e 5 de maio de 2024. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, o que significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. A distribuição das regiões foi adotada conforme o Orçamento Participativo Municipal, que divide a Serra em 11 regiões. O instituto percorreu 65 bairros da Serra, abrangendo as principais comunidades dessas 11 regiões.

A Qualitest é um instituto fundado em 2009, portanto, já estabelecido no mercado há 15 anos. A empresa tem sede em Vitória, mas 90% dos trabalhos que realiza estão concentrados fora do Espírito Santo a abrange todo o território nacional. Segundo o sócio-diretor, Alan Sousa, a empresa realiza em média 100 mil entrevistas por ano. Entre os trabalhos realizados, destaca-se, por exemplo, a pesquisa de satisfação do consumidor residencial de energia elétrica, contratada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), feita em todos os estados brasileiros, totalizando 29.474 entrevistas.

Além disso, o instituto realizou trabalhos contratados pelos Correios, Petrobrás, Ministério Público Federal, Senado Federal, Exército Brasileiro, Imetro, entre outros. Alan também destacou o trabalho de pesquisa específica junto ao público situado abaixo da linha da pobreza, que engloba aqueles indivíduos em situação de rua, executado em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília. Trata-se de um público muito difícil de ser abordado, o que demonstra a solidez e a diversificação da empresa em diversos segmentos.

Vamos aos dados da pesquisa:









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