Criada em 2014, em janeiro de 2022 a Campanha Janeiro Branco chega à sua 9ª edição e faz um alerta à humanidade: em tempos de prolongada pandemia, de crises sanitárias, sociais, políticas, ecológicas e econômicas em escala global, o mundo pede Saúde Mental.
Estudos recentes (e produzidos por diferentes tipos de instituições sociais em vários países do mundo) chamam a atenção para o importante desafio que a humanidade não pode mais desprezar: é urgente a criação de uma cultura da Saúde Mental em meio a todas as relações das quais os seres humanos participam.
O Janeiro Branco é dedicado a colocar os temas da “Saúde Mental” em evidência na sociedade, chamando a atenção dos indivíduos, das autoridades e das instituições sociais para tudo o que diz respeito aos universos mentais, comportamentais e subjetivos dos seres humanos.
Idealizada pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão, a Campanha iniciou-se em Janeiro de 2014 quando psicólogos(as) de Uberlândia(MG) foram às ruas, às instituições e às mídias da cidade para falar às pessoas sobre “Saúde Mental”, “Saúde Emocional”, “sentido de vida”, “qualidade emocional de vida” e “harmonia nas relações humanas”.
Estudos e pesquisas sobre os efeitos colaterais da pandemia do Covid-19 multiplicam-se em toda parte do mundo e suas conclusões revelam um dos mais importantes desafios para a atual humanidade: cidadãos comuns, autoridades e instituições sociais devem desenvolver estratégias públicas e privadas para proteger, fortalecer e promover a Saúde Mental das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia interrompeu serviços essenciais de Saúde Mental em 93% dos países do mundo e, ao mesmo tempo, intensificou a procura por esses mesmos serviços. No Brasil, de acordo com uma pesquisa do Instituto FSB, 62% das brasileiras e 43% dos brasileiros afirmaram que a saúde emocional ‘piorou’ ou ‘piorou muito’ durante a pandemia. Outro estudo, desenvolvido pelo Instituto Ipsos e encomendado pelo Fórum Econômico Mundial, concluiu que 53% dos brasileiros achavam que sua Saúde Mental “tinha piorado bastante no último ano”. Em um recente estudo realizado pela Fiocruz e outras seis universidades nacionais, enquanto 40% da população brasileira apresentavam sentimentos frequentes de tristeza e de depressão, outros 50% da mesma população apresentavam frequentes sentimentos de ansiedade e de nervosismo. Em relação às faixas etárias iniciais da vida, uma pesquisa conduzida pelo Unicef/Gallup mostrou que 22% dos adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 24 anos se sentem deprimidos ou têm pouco interesse em ‘fazer coisas’.
De acordo com Leonardo Abrahão (psicólogo, palestrante e escritor criador do Janeiro Branco), “2020 e 2021 acrescentaram novos desafios às antigas demandas da Saúde Mental, mas, também, destacaram, sobremaneira, a sua importância para a humanidade”. Ainda, de acordo com o psicólogo, “a boa notícia é que Saúde Mental tem jeito sim desde que as pessoas, as instituições e as autoridades saibam o que fazer — e façam o que tem que ser feito!”. Dessa forma, continua Abrahão, “em sua 9ª edição, o Janeiro Branco continuará avançando em sua declarada missão de orientar as pessoas, as instituições sociais, as mídias e as autoridades públicas em relação a tudo o que pode e deve ser colocado em prática frente à inegável verdade de que “o mundo pede Saúde Mental!”. Nesse sentido, e em consonância com os conhecimentos que a Campanha Janeiro Branco coloca em maciça circulação de janeiro a janeiro de cada ano, conheça, a seguir, uma lista de atitudes e de condições diretamente relacionadas a vidas com mais Saúde Mental — e, para mais informações, visite as redes sociais da Campanha: janeirobranco.com.br e @janeirobranco.
Alguns objetivos do Janeiro Branco são:
– Consolidar o mês de janeiro como referencial e ponto de partida para que as pessoas e as instituições sociais efetivem ações em prol da Saúde Mental o ano inteiro em suas vidas;
– Contribuir com construção de uma cultura da Saúde Mental e de uma visão ampliada, moderna, holística, humanista, processual, laica e integral do conceito de Saúde Mental;
– Aproveitar a simbologia do início do ano, e da “folha em branco”, para inspirar as pessoas a pensarem sobre os sentidos e os propósitos das suas existências individuais e coletivas;
– Chamar a atenção das mídias, das instituições sociais, dos cidadãos e das autoridades para a importância das políticas públicas e privadas em defesa da Saúde Mental dos indivíduos e dos povos.
Pensando em auxiliar serranos, morador da serra que é terapeuta e psicanalista está disponibilizando um e-book sobre saúde mental e bem estar. Para ter acesso, leia o QR code da imagem abaixo: