Nesta terça-feira (19), o Instituto Paraná Pesquisas divulgou um novo levantamento sobre a eleição para o governo do Espírito Santo em 2026.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto de 2025, ouvindo 1.510 eleitores em 46 municípios capixabas. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 2,6 pontos percentuais.
No cenário estimulado, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), aparece na liderança com 28,1% das intenções de voto. Em segundo lugar está o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), com 22,5%.
Na sequência, surgem o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), com 12,7%, e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), com 10,5%. O deputado federal Helder Salomão (PT) soma 6,7%, enquanto o também deputado federal Da Vitória (PP) registra 4,4%.
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Entre os entrevistados, 9,1% afirmaram que votariam em branco, nulo ou em ninguém, e 6,0% não souberam ou não quiseram responder.

Cabe destacar que o terceiro colocado no levantamento, o ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal (PDT), não se colocou até o momento como pré-candidato ao governo do Estado. Recentemente, deixou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e não ocupa mais função pública comissionada, tendo retomado sua atuação como médico da rede municipal da Serra. Em diversas ocasiões, Vidigal já afirmou que, em 2026, pretende apoiar o vice-governador Ricardo Ferraço ou avaliar a construção de um apoio em comum acordo entre Ferraço e o governador Renato Casagrande.
Comparativo
O comparativo das três rodadas da pesquisa Paraná Pesquisas em 2025 mostra que a disputa pelo governo do Espírito Santo vem se consolidando entre Lorenzo Pazolini e Ricardo Ferraço.
O prefeito de Vitória iniciou o ano com 27,2% das intenções de voto em fevereiro, recuou levemente em junho para 26,1%, mas voltou a crescer em agosto, chegando a 28,1%. Já o vice-governador Ricardo Ferraço começou com 18,1%, avançou para 21,7% em junho e agora soma 22,5%, confirmando sua trajetória de crescimento.
Entre os demais nomes, Sérgio Vidigal oscilou de 15,7% em fevereiro para 11,1% em junho e depois 12,7% em agosto. O prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, também mostra evolução: saiu de 6,5% em fevereiro para 10,5% em agosto. O deputado federal Helder Salomão teve leve alta, passando de 4,0% para 6,7% no mesmo período. Já Da Vitória caiu de 5,0% para 4,4%, enquanto Euclério Sampaio, que chegou a ter 8,9% em fevereiro, deixou de aparecer na última rodada.
Os dados confirmam que, embora outros nomes estejam presentes no cenário, a polarização entre Pazolini e Ferraço vem se consolidando a cada pesquisa, configurando um provável embate central na disputa de 2026.
Espontânea: maioria do eleitorado ainda não pensa na eleição
No caso da pesquisa espontânea — em que o entrevistador pergunta ao eleitor em quem votaria sem apresentar uma lista de nomes — o resultado mostrou que a ampla maioria ainda não sabe, o que indica que grande parte da população ainda não está pensando na eleição de 2026:
- Não sabe/Não opinou: 70,0%
- Ninguém/Branco/Nulo: 7,3%
- Renato Casagrande: 9,5%
- Lorenzo Pazolini: 5,4%
- Ricardo Ferraço: 3,3%
- Arnaldinho Borgo: 2,0%
- Paulo Hartung: 0,5%
- Helder Salomão: 0,4%
- Sérgio Vidigal: 0,3%
- Da Vitória: 0,1%
- Outros nomes citados: 1,3%
Segundo turno
Já nas simulações de segundo turno, Pazolini contra Ricardo Ferraço, teria 44,8% das intenções de voto, contra 38,7% do vice-governador. Nesse cenário, 9,8% votariam em branco ou nulo e 6,7% não souberam responder.
Em uma disputa contra Arnaldinho Borgo, a vantagem de Pazolini seria maior: 52,6% contra 22,6%. Outros 14,4% votariam em branco, nulo ou em ninguém, e 10,4% não souberam ou não opinaram.

