A turfa é uma camada de galhos, folhas e outros restos de plantas em decomposição que fica em solo alagadiço. Foto: Bruno Lyra
Por Gabriel Almeida
Um dos mais graves problemas ambientais e de saúde pública que passou a atormentar o morador da Serra e até de outros municípios nos últimos três anos é o fogo na área de turfa. Com uma profundidade variável de cerca de 40 metros, a turfa é uma camada de galhos, folhas e outros restos de plantas em decomposição que fica em solo alagadiço.
A fumaça que vem dos incêndios constantes incêndios acontece por baixo da terra e causa graves problemas de saúde. Isso porque junto com a fumaça vem monóxido de carbono e enxofre. Pelo fato do incêndio acontecer debaixo do solo, o combate é complicado.
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Pensando em acompanhar e buscar soluções para solucionar esse problema, as entidades Movimento Ambiental, ong Amigos do Mestre Álvaro e o Instituto Brasileiro de Fauna e Flora (Ibraff) criaram um grupo para acompanhar a situação da turfa e cobrar do poder público uma solução definitiva contra os incêndios.
De acordo com o presidente da ong Amigos do Mestre Álvaro, Bismark Alves Ferreira, a intenção é preservar a turfa. “Queremos que os órgãos competentes fiscalizem o local e não deixe que aconteça mais invasões e loteamentos na área”, explica.
Bismark ainda disse que o que deve ser impedido que aconteça é o fogo na turfa que gera a fumaça e incomoda os moradores. “A turfa não é o problema, aliás a região de turfa é uma área ambiental. O problema está na fumaça gerada quando existe algum incêndio na área”, afirma.
No último dia 9 de maio foi feita na Câmara Municipal de Vereadores da Serra uma audiência pública que ouviu pessoas que tem conhecimento sobre a situação. O objetivo foi cobrar soluções. O proponente foi o vereador Aécio Leite (PT). “Na audiência nós ouvimos especialistas que tem conhecimento sobre o problema e queremos que as pessoas possam conviver com a turfa sem serem incomodadas”, explica.
O vereador ainda disse que na última quarta-feira (24) aconteceu a primeira reunião para apresentar propostas sobre o problema. “Nós queremos primeiro criar um projeto de lei para que onde já foi aterrado fique do jeito que está pois não tem como mudar, mas para que não deixe mais que as áreas que aterrem novas áreas, já que a turfa fica em área alagada ou sujeita a inundação em tempo de chuva”, resume.