Ong pede ajuda para proteger macacos no Mestre Álvaro

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Bugio encontrado no Mestre em 2016. Foto: Junior Nass

Ana Paula Bonelli

Como objetivo de monitorar, preservar e proteger a vida dos macacos bugios, no Mestre Álvaro, na Serra, a ong Amigos do Mestre Álvaro, lançou uma campanha pedindo ajuda de ativistas para auxiliar a descobrir quantas espécimes do animal ainda vivem na floresta.

A campanha foi anunciada na manhã desta terça-feira (9) em redes sociais. Junior Nass, que faz parte do grupo do Amigos do Mestre Álvaro conta que em 2017 quando teve início o surto de febre, cerca de 150 macacos bugios viviam na região.

“Nossa preocupação começou nessa época. Começamos a achar macacos mortos, esqueletos. Antes disso, eles apareciam em diversas trilhas. Já rodamos, fizemos monitoramento em várias partes do morro e não estamos mais vendo como antes. Eu mesmo desde setembro que não topo um primata pela frente. Virou raridade. O Mestre é imenso, por isso precisamos de toda ajuda possível”, destaca Junior que acredita que hoje a população de bugios deve girar em torno de 30 a 50 animais no máximo.

“Pedimos que quem subir o Mestre Álvaro, se ouvir o ronco dele, se ver o macaco e tirar uma foto, envie para nós, com data, horário, local e se possível a quantidade de bugios que foram vistos para podermos monitorar. Basta enviar um zap para 99631-2337”.

Junior conta ainda que um filhote do macaco foi visto nesta terça-feira (9) na região de Furnas por um integrante da ong. “Pode ser um bando que tenha sobrevivido, ou seja tem macho e fêmea por ai perdido. Estamos anotando todos os registros, para até novembro termos noção de como está essa população do local”.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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