Ong da Serra aposta em terapia com animais em hospitais da Grande Vitória

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Nélly Blanco com o seu cãopanheiro Pingo, funcionários do Hospital Meridional e a presidente da Adada, Glória Cunha. Foto: Divulgação

Por Vivian Nardoto

Não é  novidade para ninguém que os animais estão sendo cada vez mais considerados como um membro da família. Pensando nisso, a Adada (Associação dos Amigos dos Animais), está apostando e investindo na tendência mundial de humanização hospitalar, onde alguns hospitais abrem as portas para os animais como forma de auxiliar nos tratamentos muito prolongados ou dolorosos e no aumento da qualidade de vida dos pacientes considerados terminais. Também faz uma enorme diferença no tratamento de crianças, idosos, e pessoas especiais.

A Humanização Hospitalar não é uma técnica, e sim um processo que tem por objetivo tornar o ambiente hospitalar mais humano, socializar. Valorizando a dignidade  e a relação dos pacientes com a família e os profissionais de saúde.

Não podemos esquecer que esse processo necessita seguir protocolos de boas práticas, para evitar contaminação e transmissão de doenças para os pacientes envolvidos, e alguns “acidentes”.

Em geral, são utilizados os animais terapeutas nesse processo, que têm características de personalidade compatível com a “profissão” de terapeuta, e são especialmente treinados para saberem como se comportar em cada caso. Mas, também há a situação onde o paciente tem um animalzinho muito querido, e a presença dele de forma programada, faz muito bem , principalmente, para o emocional do paciente.

O pontapé inicial foi dado pela presidente da Adada, a médica veterinária Glória Cunha no hospital Meridional, em Cariacica. A primeira paciente a participar do projeto Animais Terapeutas foi Nélly Blanco, jornalista e professora, que está internada há 3 meses por consequência de um acidente de trânsito. Ela teve acesso ao seu cãozinho Pingo e emocionou a todos que estavam no local.

A visita de Pingo a Nélly ajudou inclusive a normalizar as taxas dos exames da paciente. Foto: Divulgação

“A visita do Pingo foi muito importante pra mim. Eu já estava bem cansada e sem muito alento, porque passei aqui dentro do hospital por um fim de namoro, estava muito decepcionada, muito triste e sentindo falta demais do meu menino, Pingo, meu companheiro. Ele é um cachorro que sempre fica ao meu lado nas horas felizes e tristes, não posso reclamar pois meus amigos me dão muito apoio, mas rever o Pingo, pegar ele no colo, sentir o cheiro dele, renovou minhas esperanças, a minha vontade de sair daqui logo. Até minhas taxas melhoraram, foi impressionante, de tanto que ele tem influência na minha vida. É um amor verdadeiro, que está sempre com você, que não te abandona. Foi maravilhoso poder ver o Pingo, conversei isso com a psicóloga e o Hospital Meridional conseguiu junto a Adada esta visita do Pingo e a visita dele foi um renovo pra mim. Eu faço tratamento de hiperbárica e foi necessário pessoas para me descer antes. Eu não tenho como agradecer isso. Ver ele me fez querer sair daqui e já pensar inclusive em retomar minha vida”.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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