O sistema funerário público da Serra está entre as áreas mais atingidas pela pandemia do novo coronavírus. Prova disso é o aumento de 55% nos números de enterros nos cemitérios municipais – janeiro a maio de 2020 comparado com o mesmo período do ano passado.
Esse número pode ser ainda maior, já que a fase mais aguda da contaminação na Serra foi no mês de junho e inicio de julho, do qual a Prefeitura ainda não repassou dados.
O município é detentor de seis cemitérios, que estão localizados nos bairros: Carapina, Jacaraípe, Nova Almeida, Pitanga, Santo Antônio e São Domingos. De acordo com informações da Prefeitura, de janeiro a maio de 2019 foram 553 enterros. No mesmo período desse ano, foram 861 enterros, um aumento de 55%. Desse total, 100 foram registrados por Covid-19.
Vale lembrar que a primeira morte na Serra em decorrência da pandemia foi registrada em 1º de abril, portanto, os 100 enterros citados acima, estão distribuídos em apenas dois meses.
Em abril desse ano foram 143 enterros nos cemitérios municipais, contra 103 no mesmo mês de 2019. Já em maio, o aumento foi maior, saltando de 170 no ano passado para 230 em 2020. Somando os dois primeiros meses da pandemia, os cemitérios municipais enterraram 373 cadáveres, dos quais 100 foram em decorrência do coronavírus, ou seja, 26% correspondem apenas a Covid.
De acordo com o Governo do Estado, na Serra já foram registrados 9.371 casos confirmados, dos quais 7.543 já estão curados. A cidade lidera o número de óbito, com 365 mortes, até a tarde dessa quarta-feira (15). O bairro com maior incidência de contaminação é Colina de Laranjeiras com 394 casos, seguido de Feu Rosa e Morada de Laranjeiras com 383 e 336, respectivamente.
