
Com ampla oferta de terras de diferentes tamanhos e preços, a região norte da Serra se consolida como uma das novas fronteiras do desenvolvimento empresarial do município. Com valores de metro quadrado mais acessíveis que os praticados na região central, boa logística e a perspectiva de municipalização da BR-101, a área já abriga grandes empreendimentos e tem atraído novos investimentos.
Esse movimento começou em 2010, no bairro Campinho da Serra I, com a construção do Polo Empresarial Serralog pela VTO.
O diretor da VTO, Alexandre Schubert, lembra que a área, antes ocupada pela pecuária leiteira, foi transformada em polo de negócios após um estudo de potencial da cidade. “A VTO e seus investidores sempre acreditaram na Serra. Identificamos que os polos Civit I e II estavam esgotados e que era necessária uma nova alternativa para os empresários que queriam se instalar no município”, afirma.
Segundo Schubert, a decisão se mostrou acertada. “Quando vemos o que está sendo construído no Serralog e a contribuição para geração de empregos e fortalecimento da cadeia produtiva da cidade, sentimos orgulho e a convicção do dever cumprido.”
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O Serralog conta com 80 lotes de tamanhos variados, dos quais 85% já foram vendidos. Seu empreendimento âncora é o complexo logístico da empresa Bom Futuro, liderada pelo empresário Antônio Torres.
Expansão para além de Campinho da Serra
Do bairro Campinho da Serra até o antigo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o crescimento é limitado pela forte ocupação populacional. A partir dali, porém, o cenário muda: grandes propriedades de terra dos dois lados da BR-101 têm atraído o interesse de grupos econômicos e corretores em busca de áreas para compra e incorporação.
Entre os proprietários estão nomes conhecidos, como o comerciante Osvaldo Piazarolo, Célio Pitanga, os fundadores da Fortlev, além de empresas como Pelicano, Polo Empreendimentos, a família Toniato e Izabel […]. Nessa mesma região também está o Polo Empresarial Serra Norte, que já abriga grandes companhias, entre elas a HKM/ICM – Indústria Capixaba de Materiais e a PBA Stone.
Um dos investimentos mais robustos é da Cedisa Central de Aço S/A, que há mais de dez anos adquiriu uma área de 240 mil m² e agora se prepara para inaugurar sua planta na região. A nova localização, na margem da BR 101, terá o dobro do tamanho da sede atual e dobrará a capacidade produtiva da empresa.
Primeiros investimentos
O pioneirismo na região, entretanto, remonta a 1996, quando Darcy Emerich inaugurou o posto de combustíveis 5 Estrelas, em uma área de 49 mil m² localizada no trevo do Contorno do Mestre Álvaro, na BR-101.
“Naquela época, estávamos sozinhos, com mais tempo parados do que atendendo clientes. Hoje a situação se inverteu: o posto opera a todo vapor, a lanchonete se consolidou como restaurante e estamos cercados de novos vizinhos. A expectativa é de um futuro grandioso”, destaca Emerich.

Perspectivas para o futuro
A tendência é que toda a região seja ainda mais dinamizada com a ocupação do Contorno do Mestre Álvaro. Enquanto o trecho sul apresenta áreas alagadas, historicamente usadas para o cultivo de arroz e com vegetação nativa, o trecho norte tem solo mais propício a grandes empreendimentos e se conecta a regiões populosas que podem oferecer mão de obra constante e acessível.
O contorno, somado à futura municipalização da BR-101 e à implantação da Variante de São Domingos, que conectará a região ao litoral, criará novos corredores logísticos e eixos de desenvolvimento, consolidando o norte da Serra como o novo “eldorado” empresarial do Espírito Santo.
Além disso, a região norte da Serra é estratégica no âmbito do processo de desenvolvimento capixaba, por estar mais próxima de Linhares e Aracruz, municípios que vivem um boom motivado por investimentos públicos e privados, especialmente nas alternativas portuárias.

