Três crianças foram resgatadas sozinhas numa residência na Serra na noite do último domingo (14) – em pleno Dia das Mães. De acordo com denúncias, as crianças estavam no bairro Cidade Pomar, na rua Caju e a mãe responderá por abandono de incapaz.
As crianças, a menina de cinco e o bebê, um menino de um ano e onze meses foram resgatadas e levadas para a casa da avó materna. Outro menino de oito anos, também ficou com a avó. Ele não estava dentro da residência, mas chegou da igreja no momento em que a ocorrência estava em andamento. A mãe até o momento não foi encontrada.
De acordo com o conselheiro tutelar da Serra que atendeu a ocorrência, Lindeir Costa, as crianças estavam sozinhas no segundo andar da casa. A mãe de 28 anos não estava em casa. Foi a avô de 43 anos, que atendeu as autoridades, ficando com as crianças posteriormente. A conselheira Fernanda Schueng Rodrigues também atendeu a ocorrência.
Lindeir Costa contou que a avó disse que a mãe das crianças não tem costume de fazer isso e que ela estava preocupada porque a filha tinha saído desde cedo para tomar uma medicação e não havia voltado até o horário em que a ocorrência foi finalizada por volta das 23h.
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“O Conselho conversou com a avó que ficou com a guarda das crianças temporariamente. Uma casa ampla, com total condição de recebê-las. A casa onde os três menores estavam, tinha tudo certinho, estava organizada, mas as crianças, inclusive um bebê de um ano estavam sozinhas, e como é segundo andar, existe perigo, de queda, das janelas sem grades e até mesmo um possível acidente doméstico”, disse Lindeir.
O conselheiro disse ainda que o Conselho tomou as medidas cabíveis, assim que chegou ao local. “Realizamos os trâmites para proteger os menores, e a medida protetiva foi a avó ficar com elas até que a mãe compareça nesta segunda-feira (15) na regional do Conselho de Laranjeiras para prestar esclarecimentos”.
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O Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram acionados pelo deputado estadual Pablo Muribeca que recebeu a denúncia de moradores e foi averiguar a situação.
O Tempo Novo procurou o deputado que confirmou que esteve no local para ajudar a família. “Fui acionado que tinha duas crianças abandonadas em Cidade de Pomar e imediatamente fui ao local e constatei o abandono, chamei a polícia militar e o conselho tutelar que estiveram no local. Estou com meu mandato à disposição da população e não podemos aceitar esse tipo de conduta irresponsável. Sigo trabalhando e a disposição da população da Serra e de todo Espírito Santo”, disse Pablo.
Os menores de idade estavam sozinhos na casa, e com o portão da residência aberto, no segundo andar.
“Ouvi a avó dizendo que sabia que a filha não estava em casa, pois parece que tinha ido ao posto saúde para tomar um remédio, só que não voltou, deixando as crianças sozinhas. Estavam na casa os dois menorzinhos de cinco e o bebê e o de oito tinha saído e voltou quando a polícia estava na casa”, disse um vizinho que não quis se identificar.
A avó ficará com a guarda das crianças até que a filha compareça ao Conselho Tutelar para prestar os devidos esclarecimentos.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de abandono de incapaz no bairro Cidade Pomar, Serra. No local, um homem relatou que no segundo andar de uma casa havia duas crianças, de um e cinco anos, sozinhas e sem os cuidados de um responsável.
Durante os procedimentos para verificar a situação da mãe das crianças, duas mulheres, de 28 e 43 anos, compareceram ao local. A mulher de 43 anos disse que, ao tomar conhecimento que a PM estava na residência da filha dela, imediatamente, foi ao local, informando que a filha tinha avisado pela manhã que iria ao posto de saúde tomar remédio na veia. Contudo não sabia onde ela estava naquele momento.
Neste momento, um menino de oito anos chegou na casa falando que tinha chegado da igreja. O Conselho Tutelar foi acionado e determinou que as crianças ficassem sob a responsabilidade da avó após ela assinar um termo de compromisso dizendo que ficaria com a guarda das crianças até a filha comparecer ao Conselho Tutelar.
