MP pede prisão de homem que esquartejou cadela e coagiu testemunhas na Serra

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A cadela foi morta e esquartejada em São Patrício, Jacaraípe, em janeiro deste ano. Foto: Divulgação

O Ministério Público do Espírito Santo pediu a prisão preventiva do homem que matou e esquartejou uma cadela no bairro São Patrício, em Jacaraípe, na Serra, no mês de janeiro deste ano. Além disso o órgão ainda enquadrou o acusado no crime de coação a testemunhas. O nome dele é Raylan da Costa Ferrari, assassino confesso da cadela Piti, do qual ele era tutor; se condenado na pena máxima, ele poderá pegar até 12 meses de prisão.

Para quem não se lembra, o crime aconteceu no último dia 18 de janeiro, no bairro São Patrício, em Jacaraípe e chocou os moradores pela forma covarde e bárbara que foi cometido.

Depois da repercussão do caso, o homem foi identificado e ouvido pela Polícia Civil no último dia 25 janeiro, onde confessou o crime e alegou ter praticado o ato diante de um surto. Ele foi liberado logo após o depoimento por não se tratar de flagrante.

A CPI do Maus Tratos contra Animais do ES, que tem como presidente a deputada estadual, Janete de Sá, pediu a prisão máxima para o acusado e o Ministério Público acatou o pedido, oferecendo assim denúncia a Justiça.

No documento, o MP diz que Raylan movido por um “intuito cruel, matou a facadas, amarrou a cadela de nome Piti, incluindo sua boca, para evitar que latisse e chamasse a atenção, e a matou covardemente, em claro caso de maus-tratos. E ainda não satisfeito, após matar a facadas a cadela, a mutilou, esquartejando-a, cortando-a em pedaços, acondicionando os pedaços em uma vasilha”.

Apesar dos cuidados tomados por Raylan voltados a não chamar a atenção para o crime, a movimentação na residência acabou por gerar barulho, fazendo com que Marlon, companheiro dele que morava na mesma casa e os vizinhos Vinicius e Thais que moravam próximos, no mesmo terreno, percebessem a confusão e fossem até o local para verificar o que estava acontecendo.

Raylan contou com ajuda dos três para se desfazer dos restos mortais da cadela que foram colocados em local impróprio.

“Assim agindo, Raylan, Marlon Machado da Silva, Vinícius da Silva Borges e Thaís Rocha Ribeiro, sem o devido cuidado, ao lançarem o corpo da cadela Piti em um lixão, causaram poluição em níveis tais que podiam resultar em danos à saúde humana, em especial por ali deixarem um corpo a se decompor, a atrair animais, insetos, etc, nocivos à saúde humana, por serem agentes vetores e potenciais disseminadores de doenças”, disse o MP em sua decisão.

Para Raylan foi feito pedido de prisão preventiva por coação a Thais e Vinicius e por ter matada de forma cruel a cadela Piti. O MP classificou o crime como maldade extrema. Raylan foi enquadrado na lei de maus tratos que prevê prisão igual ou inferior a um ano.

Já Marlon, Vicinius e Thais foram enquadrados como crime de maus tratos tendo o pedido de prisão feito, mas estes, poderão ter o benefício da transação penal, sob a forma de multa, no valor, para cada um deles, de R$ 2 mil, divididos ou não, a serem depositados no Fundo Municipal de Conservação Ambiental, ou prestação de serviços a comunidade, de preferência na esfera ambiental.

Foto de Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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