Moradores da Serra pedem adequações em reforma da ES 010

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Canteiro torto em trecho reto da rodovia que está sendo duplicado pelo Estado. Crédito: Divulgação leitor/Pablo Torres

A tão esperada obra de reforma da Av. Abdo Saad (ES 010) e duplicação do trecho norte da via em Jacaraípe, na Serra, já está em fase adiantada. Mas o que deveria ser alívio para a comunidade com a melhoria da principal via do balneário, virou motivo de preocupação. É que moradores apontam falhas na obra que, segundo eles, pode comprometer a mobilidade e gerar risco de acidentes.

O morador de Costa Bela, na Serra, Pablo Torres, diz que a comunidade já procurou o DER-ES (Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo), órgão estadual reponsável pela via, para que sejam feitas adequações. Mas, segundo Pablo, o DER  não atendeu ao pleito.

Dentre os problemas apontados por Pablo, estão: poucos pontos para travessia de cadeirantes e poucas faixas de pedestres. “Do ano passado para cá fizeram quatro ou cinco quebra molas elevados para a passagem de cadeirantes. Porém, em lugares onde há agências bancárias, supermercados e comércios importantes que movimenta maior fluxo de gente, não fizeram as faixas. O cadeirante e pessoas idosas vão seguir passando perrengue para atravessar a pista”, aponta.

Canteiro Central em Capuba, na Serra

Outro alvo da reclamação de Pablo é a instalação de canteiro central torto numa reta. “Da avenida Minas Gerais em direção à Capuba, onde começou a duplicação, até o final na Enseada, o canteiro ficou todo torto. Conversei com algumas pessoas que trabalham na obra e elas disseram que isso aconteceu porque proprietários que teriam que ter parte dos imóveis desapropriados para fazer as calçadas laterais da pista não aceitaram o valor oferecido pelo DER”, conta.

Para Pablo, há risco de acicentes. “Quem estiver na pista da esquerda, quando se deparar com os defeitos do canteiro vai jogar para a direita e espremer o veículo que estiver lá. E a gente sabe que muitos motoristas de ônibus e caminhão trafegam pela pista da esquerda”, alerta.

Pablo cita ainda a sinalização confusa nos desvios para o tráfego durante a obra. Por fim, diz que nesses desvios os pontos de ônibus não estão sinalizados.

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Foto 2: Desvio com sinalização confusa para a passagem do tráfego em via alternativa durante a obra. Crédito: Divulgação leitor/Pablo Torres

Também morador da grande Jacaraípe, Gleidson do Rosário Alves, aponta que além da falta de acessos para travessia de cadeirantes e outras pessoas com baixa mobilidade, problema já apontado por Pablo, o canteiro central ficou muito estreito. “A pessoa que estiver atravessando a pista e parar no canteiro, pode ser atingida até pelo retrovisor dos veículos”, alerta.

Gleidson pediu ainda que o DER acerte o trecho em que o canteiro ficou sinuoso, entre a Av. Guarani e Capuba, pois teme acidentes. Ainda mais por se tratar de um ponto em que os veículos costumam correr mais.

“Precisa acertar essas oscilações, não dá para aceitar uma rodovia ser reformada e ficar assim. E a parte mais para dentro de Jacaraípe, entre o EPA e a Papelaria Torre de Papel, a pista foi bem preparada, mas praticamente não tem calçada. Então proponho que os represenantes do DER e da Prefeitura andem por aqui e vejam essas situações, porque os governantes que aqui moram estão virando as costas para essa situação”, cutuca Gleidson.

DER diz que pode fazer mudanças em obra da Serra

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, o DER afirma que pode fazer mudanças “posteriormente” a partir da sugestão dos moradores. Quanto à faixa de pedestres, travessia para cadeirantes e retornos diz que “a rodovia teve um aumento significativo no fluxo de veículos ao longo dos anos, foram criados os giros de quadra, que proporcionam aos motoristas mais segurança. Em relação à sinalização, ainda está sendo executada. As faixas elevadas e o acréscimo de novos giros de quadra poderão ser revistos posteriormente”.

Mas não deu indicativo de que possa alterar o trecho onde o canteiro ficou sinuoso. “Devido à demora e à dificuldade de desapropriação de alguns imóveis próximos à Rodovia, fato que atrasaria a entrega da obra, optou-se por adequar a pista, criando assim, essa sinuosidade”, justifica o DER.

O órgão estadual ressalta que apresentou o projeto de reforma/duplicação à comunidade em reuniões e que a obra deverá ser concluída até o fim do ano, com investimento total em torno de R$ 38 milhões.

Protesto

Em 14 de fevereiro de 2022 moradores e comerciantes chegaram a fechar a avenida em protesto contra o que apontam como defeitos na obra de reforma, dentre eles falta de acesso para cadeirante e a distância dos retornos, que agora obrigam motoristas a contornar quarteirões adjacentes.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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