
Nesta segunda-feira (18), ocorre o julgamento de Edmar Silva Rodrigues Júnior, também conhecido pelo apelido “maníaco da tesoura”. Ele é acusado de ter cometido o assassinato de seis mulheres e de tentativa de homicídio contra uma sétima, durante os meses de outubro a dezembro de 2010. A investigação dos crimes começou após a descoberta de cinco esqueletos em um cemitério ilegal no bairro Laranjeiras, fato que levou Edmar a ser julgado.
Edmar exercia a profissão de agente penitenciário e foi capturado em 28 de dezembro de 2010. Naquele período, o investigador André Cunha informou que Edmar tinha a intenção de “limpar” uma região de Jardim Limoeiro, na Serra, conhecida pela alta concentração de prostituição e atividades relacionadas ao consumo e comércio de entorpecentes.
As mulheres assassinadas eram frequentadoras dos bares locais e tinham ligações com o tráfico de drogas. Edmar se passava por policial, algemava as vítimas sob o falso pretexto de conduzi-las à delegacia, mas seu objetivo era descobrir para quem elas trabalhavam no tráfico antes de assassiná-las, conforme explicado pelo delegado. Além de tesouras, suspeita-se que ele usava um punhal como arma para cometer os assassinatos.
Algumas sobreviventes relataram à polícia que Edmar, em certos casos, as persuadia a entrar em seu carro oferecendo dinheiro por serviços sexuais. Uma delas contou que aceitou R$ 20 pelo serviço, uma situação que quase resultou em sua morte.
Em sua declaração no dia da prisão, Edmar disse que queria identificar os empregadores das duas primeiras vítimas, enquanto as demais mortes foram por “eliminação de evidências”.
Em julho de 2012, Edmar foi sentenciado a 12 anos e quatro meses de reclusão por tentar assassinar uma mulher e por ameaçar outra, conforme apurado pelo Jornal Tempo Novo.
Defesa de Edmar, o “maníaco da tesoura” da Serra
Os advogados Jamily Bonatto, Igor Hortelan, Ojana Nogueira e Sthephany Dias, responsáveis pela defesa de Edmar, apontaram inconsistências nos exames necroscópicos e em outras evidências do caso.
A defesa contestou as acusações, mas enfrentou rejeições que obstaram a clareza das alegações. Edmar nega enfaticamente a autoria dos homicídios atribuídos a ele relacionados à descoberta dos esqueletos. Ele reconhece apenas ter cometido uma tentativa de homicídio pela qual foi condenado.

