Domingo (28) o eleitor volta às urnas para decidir quem vai presidir o país pelos próximos quatro anos. Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) disputam a mais polarizada eleição desde a redemocratização do Brasil em 1985.
A editoria separou as principais propostas dos dois candidatos para a política energética e impostos. As propostas foram extraídas dos planos de governo protocolados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e declarações públicas dos candidatos, que estão apresentados em ordem alfabética.
POLÍTICA ENERGÉTICA
Haddad
Manter Petrobras e Eletrobrás estatais; Modernizar sistema elétrico;
Expandir energia solar, eólica e biomassa
Bolsonaro
Privatizar estatais (plano de governo), mas em entrevistas refez o discurso: disse que o setor de energia elétrica (Eletrobrás) e o “miolo” da Petrobrás serão exceção.
IMPOSTOS
Haddad
Tributação direta sobre lucros e dividendos; Criar Imposto sobre Valor Agregado (IVA); Isenção de IR para até cinco salários e tabela progressiva para quem ganha mais; tributação progressiva sobre os bancos, com taxas reduzidas para quem oferece crédito a custo menor e com prazos mais longos;
Reformular o ITR;
Reduzir 46,5% os impostos de investimentos verdes, com isenção de IPI, dedução de tributos embutidos em bens de capital e recuperação imediata de ICMS e PIS/ Cofins. Para evitar elevações na carga tributária, a ideia é criar um imposto sobre carbono.
Criar políticas regulatórias e tributárias sobre tabaco, sal, gorduras e açúcares.
Bolsonaro
Simplificar e unir tributos federais para descentralizar e municipalizar os recursos tributários; Independência do Banco Central, diretoria com mandatos fixos;
Não taxar grandes fortunas, heranças e novas tributações a empresários; Isenção de IR para até 5 salários e cobrar 20% fixos de quem ganha mais (plano de governo).
Rediscutir a influência dos impostos estaduais no preço da energia e dos combustíveis;
Contra retorno do imposto sindical;
Em encontro com investidores, seu economista Paulo Guedes teria sugerido a criação de um imposto sobre movimentação financeira (como a antiga CPMF), mas Bolsonaro negou e disse ter sido um “ato falho” de Guedes.