A Prefeitura da Serra anunciou que poderá expulsar da Guarda Civil Municipal o agente preso temporariamente, nesta quarta-feira (6), durante a Operação Brutus, da Polícia Federal. O servidor é suspeito de repassar drogas apreendidas, mas não registradas oficialmente, a integrantes da facção criminosa Tropa do Urso, que atua em Colatina, na região noroeste do Espírito Santo.
Em nota oficial enviada ao Tempo Novo, a administração municipal reafirmou sua política de tolerância zero com qualquer prática criminosa e disse estar acompanhando de perto o caso. Disse ainda que desde que tomou conhecimento das suspeitas, a Secretaria de Defesa Social da Serra (SEDES) acionou a Corregedoria da Guarda Municipal e instaurou um processo administrativo disciplinar contra o agente. “Após a conclusão do processo, a Prefeitura adotará as medidas legais cabíveis, podendo chegar à expulsão do servidor da Corporação”, informou a nota.
A operação, que resultou na prisão do guarda, contou com o apoio da Corregedoria da Guarda Municipal da Serra e foi coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/ES), composta por forças de segurança das esferas federal, estadual e municipal, sob coordenação da Polícia Federal.
Durante o cumprimento do mandado nesta quarta-feira (5), armas e celulares foram apreendidos na residência do servidor, que segue prestando esclarecimentos à Polícia Federal e à Corregedoria.
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O nome da Operação Brutus faz referência ao personagem histórico conhecido por trair pessoas próximas. De acordo com as investigações, o guarda teria traído a confiança do Estado ao se aliar a criminosos e agir em desacordo com as obrigações do cargo público que exercia.
A conduta atribuída ao servidor representa, segundo a polícia, uma quebra grave do dever institucional, já que ele é suspeito de colaborar com o tráfico em vez de combatê-lo.

