Greve dos professores dá prejuízo ao transporte escolar

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Tanto o transporte gratuito bancado pela prefeitura quanto o particular estão tendo problemas. Foto: Fábio Barcelos
Tanto o transporte gratuito bancado pela prefeitura quanto o particular estão tendo problemas. Foto: Fábio Barcelos

Por Clarice Poltronieri

A operação tartaruga dos professores da rede de educação da Serra não atrapalha apenas os pais e o aprendizado dos estudantes: traz também prejuízos ao transporte escolar. É que os motoristas de vans e ônibus escolares estão tendo que se ‘desdobrar’ para fazer viagens extras todos os dias. Isto por conta dos vários horários de entrada e saída de alunos.

“Até para dar manutenção nos veículos está difícil. Tem escola que vai das 7h às 9h30 e das 15h às 17h30, e outras que vão das 9h às 11h30 e das 15h às 17h30. Recebemos dos pais por mês, o que aumenta o prejuízo. Se a greve continuar, teremos que aumentar os preços”, reclama Denise Botelho, da empresa DJ Botelho que faz transporte particular.

Nilcélia Prates, da Melhorim Turismo, também está tendo prejuízo. “Temos que fazer viagens extras por causa da diversidade de horários. Se continuar assim não vai ter jeito, o preço vai subir”, reforça.

Um problema para os pais que poderão ter os custos aumentados. Para Elieni da Cruz, de Barcelona, se a greve continuar o filho terá que perder aula. “Não tenho como pagar transporte mais caro. Já tenho trazido meu filho comigo para o trabalho. Mas tem dia que preciso deixar ele sozinho em casa, o que é um perigo, pois só tem 9 anos”, reclama.

Elaine Souza Dias, de Novo Porto Canoa é mãe de duas estudantes, uma de 10 anos e outra de 4 anos. “Fico preocupada, pois enquanto minha mãe leva a pequena na escola a maior tem que esperar o transporte sozinha. Ligo o tempo todo para saber se ela entrou no veículo”, lembra.

Transporte gratuito

Há ainda o transporte gratuito oferecido pela Prefeitura, que também está rodando quilômetros a mais por dia. E essa conta pode ser paga pelo contribuinte.  A assessoria de imprensa da PMS informou que o pagamento é por quilometro rodado e que o município está avaliando o que fazer nesta situação atípica.

Já o Sindicato dos Professores de Trabalhadores da Educação (Sindiupes) informou que o horário da operação tartaruga decidido em assembleia foi das 9h às 11h30 e das 15h às 17h30 e que é de responsabilidade de cada escola a mudança

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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