Na noite da última quarta-feira (25) foi liberada a ferrovia Vitória-Minas, após ter sido interrompida por um acidente entre o trem e um caminhão que ocorreu na tarde de terça-feira (24). A informação é da assessoria de imprensa da Vale, empresa que administra a via.
O acidente foi na altura de Resplendor, em Minas Gerais, onde o trem atingiu um caminhão que atravessava a passagem de nível. O impacto fez o trem descarrilar e a carga de minério de ferro ficou espalhada pela via, causando a interdição. O motorista do caminhão foi socorrido com vida, mas morreu no hospital.
A Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) é usada para o transporte de passageiros e também por várias empresas para o transporte de cargas. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pela ferrovia a Vale transporta minério de ferro e ferro gusa; a ArcelorMittal produtos siderúrgicos, carvão, minério de ferro, coque e antracito; a Usiminas produtos siderúrgicos e sucata; e a Gerdau produtos siderúrgicos, carvão, minério de ferro e antracito. Ainda passam pela via adubos, fertilizantes e combustíveis.
Estado aciona mineradora na Justiça
A Vale enfrenta uma ação civil pública na Justiça Federal movida pelo Governo do Estado porque a empresa tenta antecipar a renovação da concessão da Vitória-Minas por mais 30 anos, mas não investirá numa nova ferrovia no estado como contrapartida a Litorânea Sul (EF-118) ligando a Grande Vitória a Presidente Kennedy , mas na construção de nova estrada de ferro entre Mato Grosso e Goiás (Fico- Ferrovia de Integração Centro-Oeste).
A Vale argumenta que a decisão do investimento é do Governo Federal, responsável pela Vitória- Minas e das condicionantes para a renovação da concessão, que só deveria acontecer em 2026. Tese que é refutada pelo Governo Estadual, que acredita que a Vale tenha influência na decisão. A intenção do Palácio Anchieta é que a mineradora invista na construção da EF – 118.