
Responsável pela barragem de água de Rio Bonito, no rio Santa Maria, desde que comprou a estrutura da EDP no final do ano passado, a Statkraft disse na tarde de ontem (28) que um eventual rompimento não atingiria a Serra.
Segundo a empresa, são feitas inspeções e gerados laudos atestando a segurança uma vez por ano e que em 2019 haverá nova inspeção civil. A empresa também adquiriu outra barragem de água que fica logo abaixo (à jusante) de Rio Bonito,Suíça. Disse, ainda, que ela possui laudo emitido pela empresa Geometrisa, em junho de 2018.
As usinas foram compradas para a geração de energia elétrica. Juntas, as duas geram 56,4 MW e geração prevista de 245 GWh/ano. A energia é injetada no Sistema Interligado Nacional, o suficiente para abastecer cerca de 140 mil residências médias. A Statkraft adquiriu outras seis hidrelétricas no Espírito Santo, as quais, assim como as duas de Santa Maria, são classificadas comoPCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas).
Desde a super seca de 2015, Rio Bonito, cujo barramento foi construído em 1962, passou também a operar para armazenamento de água para abastecer Serra e Vitória. A medida foi imposta pelo Governo do Estado. Na prática, a geração de eletricidade tem que ser reduzida caso o volume d’água abaixe a um nível pré-estabelecido, visando o armazenamento de água para evitar colapso no abastecimento da Grande Vitória.
Apesar de a Statkraft afirmar que um rompimento em Rio Bonito não atingiria a Serra, a enchente de dezembro 2013 no rio Santa Maria impactou bastante o município. E, vale lembrar, não houve rompimento de barragem. Na ocasião, os polos industriais Jacuhy, Piracema e TIMS foram inundados, além de ter causado impactos na região rural de Queimado e Aroaba.
Logo depois dessas enchentes, a Prefeitura da Serra investiu no alteamento do dique que dá acesso à captação de água da Cesan no Queimado para reduzir efeitos de futuros transbordamentos do rio Santa Maria.

