Nesta quarta-feira, a partir das 18h, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), vai lançar 17 obras literárias que reúnem um mosaico de gêneros como poesia, contos, romance e infantojuvenil.O evento acontece no Palácio Anchieta, em Vitória.
As publicações foram selecionadas em duas categorias dos Editais de Literatura de 2019: o Edital de Produção e Difusão de Obras Literárias e o Edital de Produção e Publicação de Obras de História, Memória e Identidade Capixaba.
Em formato de lançamento coletivo, os autores vão distribuir seus livros para o público presente no dia do evento. Além disso, as publicações serão enviadas para as bibliotecas que compõem o Sistema Estadual de Bibliotecas do Espírito Santo nos 78 municípios do Estado.
Entre as obras disponibilizadas, está ‘Desassossego – histórias e memórias do bairro Central Carapina’, de Lorraine Paixão, que aposta na investigação jornalística, em formato de livro-reportagem, para contar a história do bairro da Serra, desde o seu início, quando se chamava Sossego, passando pelas trajetórias dos moradores.
“A ideia nasce com meu trabalho de conclusão de curso de graduação em Jornalismo na Ufes e quis contar a história do bairro de onde vim. É um livro-reportagem que brinca com um mundo de poesia, pois uso a linguagem da crônica, aplicando algumas técnicas de jornalismo, em uma espécie de ‘dançar das palavras’. Tento explorar o cotidiano de forma lírica”, relata Lorraine, detalhando suas escolhas narrativas
Confira a sinopse dos livros oferecidos
‘Experiências’, do autor Lobo Pasolini, é o primeiro livro de uma série de escritos baseados nos diários do autor. A escrita diarista é a base para se criar ficções e parte do pressuposto que lembrar é ficcionalizar a realidade, porque a lembrança é sempre fictícia.
‘História da Moda no Espírito Santo: do século XVI ao século XXI’ de Bruna Breguez, é um livro pioneiro que procura analisar sobre a perspectiva da história cultural como as roupas e o vestuário surgiram e se desenvolveram em solo capixaba desde a chegada dos portugueses no século XVI até os dias de hoje.
O romance de estreia ‘A condição Urbana’, de Filipe Ferreira Ghidetti, traz o dilema do homem fazendo face ao poder das circunstâncias, nos chamando a pensar se somos a essência capaz de amoldar a realidade a nossa condição humana, ou se somos determinados pela realidade.
No livro de poesias ‘Post Its de Carne e Putrefação’, de Mara Coradello, há um respeito à vida, ao que se nos apresenta como vivo, mesmo que já seja passado ou que tenha, digamos “morrido”, mas vivo na memória.
‘O cachorro que fugiu do aquário e voou’, de Geusa Gomes, é um livro infantil narrado em primeira pessoa: uma menina chamada Maria que relata a sua tentativa de compreender o universo dos adultos e também as transformações na vida das crianças.
‘Minhas Vianas: a cidade como lugar dos afetos’, do autor e também arquiteto Gustavo Pimenta, foi desenvolvido a partir da dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), tendo seu título e metodologia criados ao pensar nas possíveis relações que cada cidadão pode construir com a cidade quando permeados por variados estímulos e sensações em seus espaços de vida urbanos.
O primeiro livro que trata do assunto ‘O “Grupo dos Onze’: elites políticas e anticomunismo no município de Muniz Freire’, de Herbert Soares, traça um panorama da história local, passa pela instabilidade política da época e detalha as consequências que o golpe de 1964 e a ditadura militar causaram na vida dos integrantes do grupo.
O livro de poemas ‘E quando borboletas carnívoras dançam no estômago’, de Ingrid Carrafa descreve a crueza do cotidiano. Atravessada por bêbados, prostitutas, mães, tias, amores e lágrimas, a escritora traz em sua obra um retrato da condição feminina em diferentes realidades.
Em ‘Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo’, o autor de José Roberto Santos Neves, apresenta uma extensa pesquisa sobre a MPB produzida no Estado, com foco em seus principais personagens: cantores, compositores, regentes, instrumentistas, arranjadores, letristas e bandas, para a construção da historiografia musical do Espírito Santo.
O livro ‘Desassossego – histórias e memórias do bairro Central Carapina’, de Lorraine Paixão, obra remonta a história do bairro, desde o início, quando se chamava Sossego, passando pelas trajetórias dos moradores. Um texto sobre pessoas comuns de vidas extraordinárias, textos que tiram poesia das narrativas que costuram a história da região.
‘O Riso do Chico’, escrito e ilustrado por Lucas Albani, livro foi adotado por escolas da Grande Vitória e pela Prefeitura Municipal de Vila Velha para o ano letivo de 2022. Chico, um palhaço muito querido, tem uma surpresa gigantesca: um evento inesperado o separa de seu maior companheiro. Sem saber o que esperar pelo caminho, ele sobe em seu monociclo-voador e começa sua jornada de busca e de muito aprendizado sobre a amizade.
‘A menina que pintava carneiros’, de Luiz F. Bernardes é um livro infantil lúdico e educativo, ao mesmo tempo que é um livro de colorir, a obra ensina sobre as cores e conta uma história que incentiva a imaginação e o poder criativo.
Em ‘Paisagem e fé: espaços sagrados nos caminhos de Anchieta’, escrito pelo arquiteto e autor Marcelo Seidel, é uma pesquisa sobre o valor espiritual da paisagem de grande relevância religiosa: a cidade de Anchieta, localizada no Município de Anchieta.
‘Um pássaro de fogo: reconto’ apresenta uma nova versão da famosa lenda capixaba “O pássaro de fogo”. No livro de Paulo Roberto Sodré, um pai narra a seu filho a conhecida história da figura do pássaro de pedra, no Moxuara, em Cariacica.
‘Verbetes (im)perfeitos para corpos im(perfeitos)’, de Raquel Falk, é uma série de Verbetes sobre o corpo e suas superfícies, histórias e sensações. A autora projeta e revela, sem medo suas vivências na pele que habita.
Em ‘O coração da Medusa’, a autora Renata Bomfim propõe um olhar para a mulher a partir de uma ótica feminista a questão do feminino é problematizada a partir de variadas vozes que lançam o seu grito.
O livro de contos ‘Sobrenome Perigo’, de Ricardo Maurício Gonzaga, artista plástico e performático e escritor. Pesquisador na área de artes, história e teoria da arte e linguagens visuais e afins, com produção bibliográfica resultante destas atividades.